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Paraná

Educadores(as) da rede estadual não retomarão aulas e atividades presenciais

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em

Safismi

Professores e outros trabalhadores da rede estadual de ensino prometem cruzar os braços e não voltar às aulas na segunda-feira (15). Se o governador Ratinho Júnior não recuar na decisão de voltar às aulas presenciais nesta data, diz a APP-Sindicato, a categoria promete entrar em greve. No entendimento do sindicato, é impossível voltar às aulas com este agravamento da pandemia.

Resumo da matéria

  • Professores e trabalhadores da rede estadual de ensino dizem que não vão voltar ao trabalho presencial na segunda-feira. Pedem continuação de aulas online.
  • Cientista realizou estudo afirmando que Curitiba terá terceira onda em abril e quarta onda em junho
  • Volta às aulas na segunda também também foi discutida na reunião da Frente Parlamentar do Coronavírus, na Alep
  • Alguns deputados se manifestaram contra o retorno presencial. A Seed se manifestou afirmando que as escolas tem ambiente controlado e é seguro para retorno presencial
  • Escolas particulares também se manifestaram e dizem que possuem condições biossanitárias de retorno seguro

“Houve evasão de 70 mil estudantes em 2020, tanto do fundamental quanto do médio. O ensino remoto do Paraná foi exemplo para o Brasil, mas é paliativo. O momento agora é de retorno, presencial”, disse Miranda.

A afirmação foi contestada por Walkiria Mazeto. De acordo com ela, 70 escolas que tiveram casos confirmados no retorno às aulas em fevereiro não tiveram a suspensão das atividades autorizadas pela SEED.

A solicitação foi acompanhada pela deputada Luciana Rafagnin. “Como vamos colocar em risco nossas crianças, professores e profissionais da educação? Sugiro encaminhar um ofício ao governador para que as aulas sejam suspensas em pelo menos 30 dias. Precisamos ter a situação controlada. Que este requerimento seja encaminhado com urgência”, cobrou.

De acordo com Douglas Oliani, diretor do Sindicato das Escolas Particulares de Curitiba95% das escolas particulares atenderiam a todos os critérios para voltar às aulas presenciais. Ele pediu ajuda dos parlamentares paranaenses para encaminhar à Câmara Federal a recolocação dos professores e profissionais de educação na escala de prioridades da vacinação no país, de quarto para segundo grupo a receber a imunização.

Frente Parlamentar do Coronavírus

Na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), o retorno às aulas presenciais, programado para a segunda-feira (15) em toda a rede de ensino público estadual no Paraná, também foi debatido durante a reunião da Frente Parlamentar do Coronavírus.

A preocupação com a disseminação da cepa da variante amazônica do vírus foi demonstrada pela representante da APP Sindicato, Walkiria Mazeto. Segundo ela, as escolas municipais e estaduais paranaenses não têm estrutura adequada para garantir a biossegurança dos alunos.

“Não é um ambiente controlado. Se o Estado não consegue dar conta do uso de máscaras e distanciamento, como os professores e profissionais vão controlar a interação social aguardada pelas crianças e adolescentes? Nossos profissionais usam transporte coletivo urbano para ir às escolas e um professor interage durante o dia com pelos menos 100 estudantes”, declarou Walkiria.

A crítica foi à afirmação feita pelo representante da Secretaria de Estado da Educação, diretor de educação Roni Mirandade que a rede de ensino está totalmente adequada. “Acreditamos no espaço escolar como ambiente controlado, com profissionais de educação, professores, pedagogos e administrativo preparados para receber os estudantes com orientação da secretaria”.

Lucas Ferrante, cientista coordenador de um estudo que aponta o descontrole da epidemia de Covid 19 em Curitiba, alertou à APP-Sindicato sobre uma terceira onda da doença que elevará o número de mortes para até 100 por dia na capital, no começo de abril. E em junho, deveremos chegar a uma quarta onda, caso a situação fique fora do controle. A APP defende que as aulas continuem no mesmo modelo do ano passado, com aulas à distância.

A APP ainda pediu Ferrante, que é cientista do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), para fazer um estudo semelhante ao realizado em Curitiba abrangendo todo o Paraná. “Essas pesquisas regionalizadas vão nos dar um quadro real da situação em todo o Estado”, explica Leão. O trabalho deve estar pronto daqui a duas semanas.

 

Fonte: RicMais Foto: Rodrigo Félix Leal/AEN

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