A Itaipu Binacional está realizando um estudo inédito sobre a produção de tilápias em tanques-rede, com objetivo avaliar se a produção afeta a qualidade da água e a biodiversidade do reservatório de Itaipu. Nesta quinta-feira ocorreu a terceira despesca na Unidade de Pesquisa no braço do Rio Ocoí, na comunidade de Santa Rosa do Ocoí, em São Miguel do Iguaçu. Essa unidade é equipada com 29 tanques-rede.
Essa pesquisa é considerada uma das mais abrangentes no cenário mundial e tem como principal objetivo avaliar as questões ambientais associadas ao cultivo de tilápia no reservatório de Itaipu, com destaque na qualidade da água, como explicado pelo engenheiro agrônomo da Divisão de Reservatório da Itaipu, André Watanabe.
A produção de tilápia no reservatório de Itaipu não é permitida, já que a legislação do Paraguai não autoriza a criação de peixes exóticos. Carlos Carboni, diretor de Coordenação da Binacional, afirmou que, até o momento, a produção não prejudicou a qualidade da água.
André comentou que, por se tratar de um objeto de pesquisa, a produção não pode ser comercializada.
O estudo possui uma duração total de oito anos, divididos em três fases, e tem previsão de conclusão para o ano de 2025. A última despesca está agendada para abril de 2024, marcando o término da segunda fase da pesquisa.
