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Biólogo explica porque substâncias cancerígenas foram encontradas na água em São Miguel

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Safismi

O levantamento do site Repórter Brasil repercutiu em São Miguel do Iguaçu ao revelar índices acima do indicado para substâncias apontadas como provavelmente cancerígenas por órgãos internacionais. Em entrevista ao programa “Em Dia com a Jornal”, veiculado de segunda à sexta às 11 horas pela Rádio Jornal, o biólogo e ambientalista Eduardo da Silva Videla explicou que as substâncias encontradas em São Miguel do Iguaçu podem ser resultado de reações químicas durante o todo o processo até a água chegar nas torneiras.

Os testes foram feitos pelas empresas ou órgãos de abastecimento e enviados ao Sisagua (Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano), banco de dados do Ministério da Saúde que reúne informações de todo o país.

O Município de São Miguel apresentou detecções acima do limite de segurança. Foi constatado substâncias com os maiores riscos de gerar doenças crônicas, como câncer.

Uma delas é a 2, 4, 6 Triclorofenol (Subprodutos da desinfecção) que é classificado como provavelmente cancerígeno pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos. Sua avaliação indica que essa substância pode produzir linfomas, leucemia e câncer de fígado via exposição oral. Pode ser formada a partir do processo de desinfecção, quando o cloro é adicionado à água. Ela é utilizada como anti-séptico, agrotóxico para preservar madeira e o couro e como tratamento anti-mofo. Também é usada na fabricação de outros produtos químicos.

Além da Triclorofenol, outras substâncias também foram detectadas ao menos uma vez na água que abastece o município. Sendo elas: Ácidos haloacéticos total (Subprodutos da desinfecção), que são classificados como possivelmente cancerígeno para humanos pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC), órgão da Organização Mundial da Saúde. Em altas concentrações, os ácidos haloacéticos também podem gerar problemas no fígado, testículos, pâncreas, cérebro e sistema nervoso. Os ácidos haloacéticos são classificados como subprodutos da desinfecção, formado quando o cloro é adicionado à água para matar bactérias e outros microorganismos patogênicos.

E o Trihalometanos Total (Subprodutos da desinfecção), são um grupo de compostos químicos e orgânicos que derivam do metano. Ele inclui substâncias como o clorofórmio, classificado como possivelmente cancerígeno pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC). A exposição oral prolongada a esta substância pode produzir efeitos no fígado, rins e sangue. Os trihalometanos são utilizados como solvente em vários produtos (vernizes, ceras, gorduras, óleos, graxas), agente de limpeza a seco, anestésico, em extintores de incêndio, intermediário na fabricação de corantes, agrotóxicos e como fumigante para grãos. Alguns países proíbem o uso de clorofórmio como anestésico, medicamentos e cosméticos.

Rádio Jornal São Miguel com Repórter Brasil

 

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