Connect with us



Agricultura

Soja: Preços recuam no Brasil nesta 4ª feira e câmbio volta a limitar negócios

Publicado

em

Safismi

A baixa do dólar frente ao real nesta quarta-feira (25) pautou os negócios no mercado brasileiro da soja e os preços da oleaginosa nos portos voltaram recuar de forma significativa. No interior do país, as cotações também recuaram, porém, de forma pontual.

A moeda norte-americana sentiu a pressão de um cenário mais leve no exterior, com os investidores já não tão avessos ao risco e diante de boas sinalizações de que EUA e Europa poderiam amenizar as tensões da guerra comercial, segundo informaram analistas ouvidos pela agência Reuters.

Assim, fechou nos R$ 3,7022, com queda de 1,09%, para bater em seu mais baixo patamar desde o último dia 25 de maio. O reflexo nos preços da soja, que também não puderam contar com ganhos expressivos na Bolsa de Chicago, foram imeadiatos.

Com isso, o produto disponível no porto de Paranaguá exibiu uma baixa de 3,33% para voltar aos R$ 87,00 por saca, enquanto a referência para fevereiro de 2019 perdeu 1,22% para R$ 81,00. Em Rio Grande, queda de 0,57% no disponível, para R$ 87,00, e de 0,56% para R$ 88,00 no indicativo agosto/18.

Em praças de Mato Grosso cmoo Tangará da Serra e Campo Novo do Parecis, as baixas foram de quase 3% e os preços ficaram em, respectivamente, R$ 69,00 e R$ 68,00 por saca.

Os negócios no mercado nacional têm acontecido de forma mais compassada, justamente em função dessa movimentação mais negativa do dólar frente ao real. Em Chicago, os preços têm ensaiado uma recuperação, mas a mesma ainda se mostra bastante frágil e também não encoraja grandes operações.

“O mercado interno segue praticamente paralisado. Perdas no câmbio contribuíram para manter os preços domésticos sob pressão, apesar de ligeira melhora nos prêmios portuários”, explica o economista e analista de mercado Camilo Motter, da Granoeste Corretora de Cereais.

A boa notícia para os produtores brasileiros veio, porém, com o pedido que o governo brasileiro fará ao chinês de uma cota de exportação de farelo e óleo de soja de 5 milhões de toneladas. A reunião deverá acontecer nesta quinta-feira (26).

Em um momento em que são discutidas as tarifações sobre produtos crescendo no mundo todo em meio a uma severa guerra comercial entre China e Estados Unidos, Maggi se posicionou, mais uma vez, sobre o livre mercado e em como o Brasil tem buscado garantir as oportunidades que vem tendo.

“Não exportamos farelo porque há uma taxação para entrar lá. Queremos derrubar essa taxa e criar uma cota para entrar. Essa é uma das ideias para minimizar esse problema”, disse o ministro. Sobre a taxação da soja americana pelos chineses, Maggi diz que “com isso, houve uma diminuição do comércio na Bolsa de Chicago e os preços caíram. A China compra o produto brasileiro com um prêmio e esse prêmio encarece nossa ração”, explicou Maggi.

Bolsa de Chicago

Em Chicago, os preços da soja fecharam em campo positivo, porém, com ganhos bastante tímidos. As principais posições subiram entre 2,50 e 2,75 pontos, com o novembro/18 sendo cotado a US$ 8,75 por bushel.

Ainda tentando entender os últimos acontecimentos, principalmente o anúncio do pacote de medidas de auxílio aos produtores norte-americanos pelo governo Trump, os traders voltam a atuar com cautela e buscando seu melhor posicionamento.

Além disso, como explicam analistas internacionais, o bom desenvolvimento da nova safra americana e mais a guerra comercial entre China e EUA seguem pressionando as cotações no mercado futuro, porém, as baixas foram limitadas pelo auxílio do governo.

“Depois dos ganhos recentes, o mercado se encontra num momento de indefinição”, diz Motter.

MERCADO DE COMMODITIES AGRÍCOLAS, direto de Chicago (por AGresources)

O grande centro das atenções do Mercado agrícola hoje foi o trigo, que operou próximo ao limite de alta, fechando a sessão com uma expressiva alta de 5,99%, hoje valendo US$5,42/bushel para o contrato setembro.

O cereal é cultivado em diversos locais do globo, os quais, em sua grande maioria, passam por adversidades climáticas severas, principalmente na Rússia e grande parte da região do Mar Negro.

O Mercado de trigo possui uma correlação direta com as variações de preços do milho, entretanto não há conexões com a soja. Nas cotações da oleaginosa, o movimento de leve alta foi impulsionado por compras técnicas, que já retiram lucros de curto-prazo, especialmente após os ganhos expressivos de ontem.

A tendência de alta na soja criada deste o dia 16 de julho só conseguirá um forte sustento se o relatório do USDA de agosto confirmar produtividades medianas, o que parece bem provável.

CLIMA – AMÉRICA DO NORTE

O modelo Europeu (ECM) de previsões climáticas atualizado hoje traz a concentração das chuvas em uma pequena porção no Centro dos Estados Unidos, nestes próximos 5 dias.

Precipitações significantes não são projetadas para o centro-leste de Iowa, Illinois e Indiana, até o começo de agosto – o que é o principal fator de divergência das leituras do modelo Americano (GFS).

Tal diferenciação aumenta os níveis de erros, no entanto a ARC lembra que o modelo Europeu (ECM) possui uma taxa de assertividade levemente maior que os demais.

Mesmo que os índices pluviométricos projetados para Iowa, Illinois e Indiana não sejam tão expressivos, ainda sim nenhum dos modelos trazem qualquer tipo de estiagem severa ou variações de temperaturas abruptas.

 

NoticiasAgricolas.com.br

Uniguaçu