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Momento Saúde – MASTITE

Publicado

em

Safismi

Mastite é uma inflamação da glândula mamária, seguida de infecção por bactérias, em geral, por estafilococos, embora outros micro-organismos patogênicos possam estar envolvidos. A condição se instala quando existe um acúmulo de leite retido nos ductos lactíferos, canais que levam o leite materno desde os alvéolos mamários, onde é produzido, até o seio lactífero situado atrás da aréola, estrutura de pele mais escura ao redor dos mamilos. O bloqueio de um ou mais ductos lactíferos pode impedir o fluxo natural do leite, criando, assim, um ambiente propício para a proliferação de agentes infecciosos.
Em geral, o episódio de mastite é unilateral, ou seja, quase sempre acomete apenas uma das mamas, na segunda ou terceira semana depois do parto.
Num número pequeno de casos, a mastite pode afetar tanto os homens quanto as mulheres em que as alterações de mama não estão relacionadas com a lactação. Esse tipo de mastite não puerperal recebe o nome específico de mastite periductal.

A principal causa da mastite puerperal é a estase láctea, condição que se caracteriza pelo acúmulo de leite estagnado em um ou mais ductos lactíferos, por longos períodos. Isso geralmente ocorre nas seguintes situações:
· por esvaziamento incompleto das mamas durante as mamadas;
· por obstrução no ducto lactífero, que impede a drenagem do leite;
· por pequenas lesões ou fissuras nos mamilos ou aréolas, que facilitam a entrada de bactérias (a mais comum é o Staphylococcus aureus), que colonizam a pele ou a boca do recém-nascido e é responsável por mais da metade dos casos de mastite;
· por técnica de pega incorreta para esvaziamento da mama.
As bactérias causadoras da mastite puerperal podem ser transmitidas para a mãe por via direta, ou seja, pela boca, nariz ou garganta do recém-nascido enquanto mama.
Lavar sempre as mãos antes de lidar com o bebê e caprichar na higiene dos objetos que entram em contato com ele é a maneira mais simples de evitar a proliferação dos agentes infectantes.
São considerados fatores predisponentes para a incidência da mastite puerperal:
· produção de leite materno maior do que o bebê consegue mamar;
· episódios anteriores de mastite durante a amamentação;
· ingurgitamento mamário que dificulta a pega do seio materno;
· mamadas infrequentes e irregulares;
· pressão nas mamas exercida por sutiãs muito justos, ou cintos de segurança que comprimem a mama e favorecem a estase láctea;
· fadiga e estresse materno;
· má nutrição da mãe;
· cigarro.

SINTOMAS DA MASTITE
Como acontece em praticamente todos os processos inflamatórios, os sintomas clínicos da mastite puerperal incluem: dor local (mastalgia), inchaço (edema), vermelhidão (hiperemia), calor (aumento da temperatura no local), queimação e perda de função do órgão comprometido.
Mastites não tratadas adequadamente, ou não tratadas, podem evoluir para o aparecimento de abscessos na mama. Quanto mais grave a lesão, maior a necessidade de intervenção por aspiração por agulha guiada pelo ultrassom ou drenagem cirúrgica em ambiente hospitalar.
O esvaziamento completo das duas mamas em cada mamada é a melhor conduta para tratamento e prevenção da mastite puerperal aguda.
A mastite não representa risco maior para o desenvolvimento de tumores na mama, embora alguns sintomas possam ser semelhantes. Por isso, qualquer alteração na aparência e sensibilidade dos seios, assim como a presença de nódulos devem ser avaliadas pelo ginecologista ou por um médico mastologista.

Fonte: Drauzio Varella | Imagem: Mediquo

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