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Brasil

Fazenda x Cruzeiro: cobrança expõe dívida do clube com banco e bloqueio de mais R$ 8 milhões da venda de Arrascaeta

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Safismi

A turbulência do Cruzeiro em 2019 é contada através dos resultados ruins dentro de campo, que culminaram na inédita queda para a Série B. Mas também passa por administrações que acumularam dívidas e problemas judiciais. O clube mineiro também é réu de uma execução fiscal por parte da Fazenda Nacional (União), que cobra R$ 17 milhões por não pagamento de Imposto de Renda de Pessoa Jurídica. Na discussão, que acontece deste o início do ano, o Flamengo já havia depositado em juízo toda a segunda parcela que pagaria ao Cruzeiro pela compra de Arrascaeta (R$ 10,6 milhões), referente meio do ano.

Agora, mais R$ 8 milhões (de um total de R$ 10,6 milhões) que o Flamengo pagaria à Raposa na terceira parcela, com vencimento em 15/12, também serão comprometidos pela Justiça.

Além disso, o processo expõe uma dívida que o Cruzeiro tem com o Banco BMG, na ordem de R$ 23,6 milhões. Isso porque, quando a Justiça emitiu bloqueio de contas do Cruzeiro em favor da Fazenda, achou R$ 1,2 milhão do clube no BMG. O banco, entretanto, afirmou judicialmente que os valores, apesar de serem do Cruzeiro, teriam sido dados pela agremiação à instituição bancária como forma de quitar a dívida.

Até mesmo cotas de TV que o Cruzeiro tem direito – cotas foram adiantadas pelo clube até o fim de outubro de 2022 – foram dados como garantia. Mas não para por aí. O próprio dinheiro que entraria pela venda de Arrascaeta, em partes, iria para o banco. Nos autos, o BMG informa que os “direitos creditórios pela venda do atleta De Arrascaeta teriam sido objeto de anterior cessão” do Cruzeiro ao BMG.

Enquanto a briga continua na Justiça, e a Raposa tenta o deferimento de um parcelamento especial para quitar a dívida tributária, a Fazenda Nacional conseguiu que o R$ 1,2 milhão da conta do Cruzeiro no BMG fossem bloqueados. Além disso, conseguiu que a integralidade da segunda parcela do pagamento do Flamengo pela compra de Arrascaeta (R$ 10,6 milhões), assim como parte da terceira parcela (R$ 8 milhões de R$ 10 milhões) também sofressem depósitos em juízo.

Em decisão do juiz Bruno Oliveira Vasconcelos, de 9 de outubro de 2019, os R$ 10,6 milhões da segunda parcela, depositados em juízo, já estão configurados como “pagamento em definitivo” para a Fazenda Nacional.

ge

Uniguaçu