As notícias voam, os meios de comunicação atualizam os dados da pandemia no mundo e no Brasil, e a ordem é de parar tudo, “fique em casa”, e agora Brasil, e o agronegócio, o que faremos?
“Não paramos”, assim dizem os bancos para negar a prorrogação dos empréstimos ao agronegócio, ao contrário de alguns financiamentos para o comércio e indústria. Pode até não ter parado realmente, mas desacelerou muitas as atividades, e isso poderá futuramente afetar na redução do preço que é pago a muitos produtos.
Frigoríficos diminuíram o abate de bovinos de corte e sobra o produto no mercado, por outro lado suínos e aves mantiveram o mesmo volume de abate.
Carne ovina com uma redução no consumo, principalmente pelo valor agregado no corte especial. Outros seguimentos ainda apresentam fortes índices no mercado internacional como a cotação da soja e do milho, mas os produtores de hortaliças estão com sobras, e onde colocar? Vender? Quem irá comprar? Essas são as perguntas futuras de como iremos enfrentar e o que irá acontecer nos próximos dias, semanas e meses.
Já não bastasse o vírus demitindo, matando e desacelerando a economia mundial, ainda enfrentamos a maior seca dos últimos 20 anos, sem água, sem pasto para alimentação de vacas leiteiras, prejudicando o desenvolvimento do milho safrinha, trigo e outros cereais ocorridos no sul do país. Em 2020 teremos que aprender a mudar muitos conceitos, adaptar, e a seguir em frente, porque este ano será lembrados por muitos, por muitos anos.
Fonte: Adriano Ramos Cardoso