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Agricultura

A menos de 3 meses do plantio da soja, 25% dos insumos não foram comprados

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Safismi

O dólar subiu, o preço da soja caiu em Chicago e o transporte ficou mais caro. Quem deixou para depois a compra dos insumos da próxima safra vive dias de apreensão.

Segundo o Imea, os agricultores compraram 75% dos produtos que vão ser usados no ciclo 2018/2019. Nesta conta estão incluídos itens como sementes, defensivos e fertilizantes. O volume é menor que o que já estava comprado nesta mesma época do ano passado, quando quase 80% dos insumos já estavam negociados.

Alguns motivos explicam essa diferença. No início do ano, as cotações da soja não estavam atrativas e muitos agricultores tiveram dificuldades em travar as trocas com as revendas (barter). Já aqueles que compram os insumos com recursos oficiais (Plano Safra) aguardavam a redução da taxa de juros, como ocorreu. O problema, no entanto, é que a estratégia não se mostrou vantajosa.

O custo de produção tem aumentado gradativamente desde janeiro e, no último mês, os chamados gastos “variáveis” e “operacionais” para a safra de soja ficaram em torno de R$ 2.817,54 e R$ 3.112,30/ha, avanço de 0,82 e 0,79% diante do mês anterior. O aumento foi puxado principalmente pelos defensivos agrícolas, que registraram alta de 4,36%.

Além do encarecimento de alguns componentes do custo, também pesa no bolso de quem não comprou os insumos a indefinição sobre o valor do frete. O preço para trazer os fertilizantes dos portos, por exemplo, aumenta significativamente com o tabelamento do frete.

Vale lembrar que além do custo, o ritmo de entrega dos produtos também gera certa apreensão. Afinal, faltam menos de 3 meses para o início da nova safra. A cada dia de indefinição, a angústia – assim como os custos – aumenta!

 

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