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Agricultura

USDA: Números mostram severo atraso no desenvolvimento da soja e do milho dos EUA

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Safismi

O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) trouxe seu novo boletim semanal de acompanhamento de safras nesta segunda-feira (8) com uma nova redução no índice de lavouras de soja em boas ou excelentes condições do país. Até este domingo (7), o número caiu de 54% para 53%, e a expectativa do mercado era de 56%. São ainda 35% dos campos em situação regular e 12% em condições ruins ou muito ruins, contra 11% da semana anterior.

O plantio da oleaginosa está concluído em 96% da área e, na semana, evoluiu 4 pontos percentuais. Ainda assim, está abaixo do mesmo período do ano passado, quando a semeadura já estava concluída, e diante da média de 98% dos últimos cinco anos.

Ainda sobre a soja, o USDA informou que 90% das lavouras já germinaram, contra 83% da semana anterior, 100% de 2018 e 98% de média para as últimas cinco safras. Assim, 10% somente das plantações já estão na fase de florescimento, contra 44% do mesmo período do ano passado e 32% de média.

“Este é o pior momento da história para safra americana para este período do ano, as lavouras estão muito ruins, as condições são muito ruins”, explica o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, ao referir-se sobre a soja e o milho.

O relatório informa ainda que o índice de lavouras de milho em boas ou excelentes condições veio em 57%, contra 56% da semana passada, mas abaixo dos 58% das expectativas do mercado. 31% dos campos do cereal estão em situação regular, contra 32% da semana anterior, e 12% em condições ruins ou muito ruins.

98% das lavouras de milho já emergiram, contra 94% da semana anterior e 100% do ano passado e de média. E ainda de acordo com os números do USDA, apenas 8% dos campos estão na fase de embonecamento do milho, contra 34% do ano passado e 22% de média plurianual.

O desenvolvimento das lavouras em todo o Corn Belt segue como uma das principais preocupações do produtor norte-americano neste momento. Depois de uma primavera extremamente chuvosa, agora as atenções se voltam para os mapas climáticos indicando um tempo mais quente e seco para as próxima semanas, o que acaba se tornando, como explicam analistas internacionais, uma ameaça, principalmente, às lavouras plantadas mais recentemente.

Há duas diferentes análises sobre tais condições neste momento. Para alguns especialistas, o cenário se confirmando com temperaturas mais elevadas e com menos chuvas poderia favorecer os campos norte-americanos, que vinham sendo duramente castigados pelo excesso de chuvas.

 

Por: Carla Mendes | Instagram @jornalistadasoja
Fonte: Notícias Agrícolas

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