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Agricultura

Soja: Recuo em Chicago pesa sobre preços nos portos do BR, mas dólar e prêmios limitam baixa

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Safismi

Os preços da soja voltaram a recuar nesta terça-feira (18) no mercado brasileiro, principalmente nos portos, com o mercado acompanhando as baixas registradas na Bolsa de Chicago. Ainda assim, as referências ainda sustentam referências firmes e importantes para os produtores nacionais.

O produto disponível, no terminal de Paranaguá, fechou o dia com R$ 97,70 por saca e queda de 0,31%, enquanto em Rio Grande foi a R$ 93,00, com queda de 1,06%, e de 0,74% para o indicativo de outubro/18. Já a referência março/19 ficou com R$ 86,00 por saca, estável no porto paranaense.

No interior, os preços caminharam nas duas direções e, cada vez mais, obedecem às suas realidades mais regionalizadas. E em muitas delas, as cotações refletiram uma nova alta do dólar frente ao real como foi observado nesta terça-feira. Assim, em vários pontos do país as altas chegarama superar 1%.

A moeda americana terminou os negócios com alta de 0,41%, valendo R$ 4,1422, corrigindo parte da baixa de 1% do pregão anterior.

“O mercado já vê com bons olhos um segundo turno entre Bolsonaro e PT, porque há grandes chances do deputado vencer”, comentou o operador Jefferson Laatus, sócio da LAATUS Educacional á agência de notícias Reuters, ponderando, entretanto, que o movimento da véspera foi um pouco exagerado “e o mercado tentava corrigir um pouco nesta sessão”.

Ao lado do câmbio, porém, a demanda que se mostra ainda muito forte pela soja brasileira, os baixos estoques nacionais e os consequentes prêmios altos pagos pelo produto brasileiro formam um ambiente ainda mais favorável para os preços.

As novas ações dos Estados Unidos e da China em meio a uma guerra comercial que já se arrasta desde maio podem continuar favorecendo a formação dos preços da soja no Brasil. O governo americano impôs mais US$ 200 bilhões em tarifas sobre produtos da nação asiática e os chineses retaliaram com outros US$ 60 bilhões em produtos estadunidenses.

A demanda da China pela soja dos Estados Unidos, que já vinha enfraquecida, deverá ficar ainda mais restrita e os maiores compradores mundiais deverão manter seu foco na América do Sul. Os prêmios pagos pelo produto brasileiro deverão, portanto, manter sua consistência e até mesmo as posições mais distantes de entrega, também poderão, mesmo que não tranistem no mesmo intervalo dos prêmios atuais, ganhar um pouco mais de força.

 

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