Os produtores brasileiros de soja deverão iniciar a safra 2018/19 com um cenário de combinadas incertezas que já afetam sua tomada de decisões, principalmente em relação à comercialização. As vendas antecipadas da temporada 2018/19 não fluem como deveriam dada uma falta de referência para a formação dos preços em meio a tantas situações que ainda precisam ser definidas.
Entre elas, a que mais tem pesado para os sojicultores é a questão dos fretes. Com a incerteza sobre o custo logístico que irão assumir, tanto a ponta vendedora, quanto a compradora estão bastante cautelosas na hora de definirem e firmarem novos contratos, mantendo os negócios ainda bastante travados.
Como relatou o presidente do Sindicato Rural de Querência, em Mato Grosso, Osmar Frizzo, os negócios não só com a soja da safra nova, mas também com o milho safrinha estão travados na região por conta dos fretes, e os negócios são apenas pontuais. A situação se repete em todas as regiões produtoras do Brasil.
“Tem que ter cautela ainda, é preciso resolver essa questão do frete que está pegando agora. Temos um dólar alto, que traz um preço razoável para a soja, mas o frete está tirando isso”, explica Frizzo.
Na região, há apenas cerca de 20% de fixação da safra nova, um número baixo para esta época do ano em relação aos anteriores e o quadro preocupa. “O produtor precisa fixar um pouco mais para garantir os custos da lavoura. Então, ele está, com certeza, preocupado com isso”, diz o presidente do sindicato.
Fonte: Agro Link