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Agricultura

Soja: Clima melhor nos EUA e disputa com a China tiram mais de 2% dos preços em Chicago nesta 2ª

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Safismi

A combinação de uma preocupação com a demanda chinesa pela soja norte-americana aliada à uma melhora do cenário climático no Meio-Oeste norte-americano pressionou os futuros da soja de forma bastante severa na Bolsa de Chicago durante o pregão desta segunda-feira (7).

“Analistas acreditam quem o ritmo mais lento do plantio 2018 será logo corrigido. Além disso, o mercado de grãos ainda está relativamente preocupado com as exportações mais lentas dos EUA para a China. Estes dois fatores foram, portanto, um soco nos preços para começar a semana e as baixas ficaram entre 1% e 2,5%”, resumiu o analista de mercado do portal norte-americano Farm Futures, Ben Potter.

Entre as posições mais negociadas, as perdas ficaram entre 22 e 25,25 pontos, com o julho/18 terminando o dia com US$ 10,11 por bushel, enquanto o agosto/14 encerrou os negócios em US$ 10,14.

O mercado internacional deu continuidade às baixas observadas na última sexta-feira (4), quando foi confirmada a falta de acordo entre a China e os Estados Unidos em torno do comércio da soja entre os dois países. Dessa forma, seguem as especulação sobre a tarifação de cerca de 25% que poderia vir dos chineses sobre a soja norte-americana.

Até que se chegue a um consenso, o que os Estados Unidos já vivenciam é uma clara demanda menor vinda dos compradores da nação asiática. Os traders têm tido, inclusive, que precificar cancelamentos por parte de compradores chineses. Somente nas últimas três semanas, foram quase 200 mil toneladas.

Essa incerteza vem pesando não só sobre as cotações em Chicago, mas também sobre os prêmios pagos pela soja norte-americana. Ainda segundo Potter, os valores se mostram estáveis nos elevadores do Meio-Oeste, mas pressionados nos terminais localizados dos longo das hidrovias.

Ainda no quadro da demanda, os números dos embarques semanais trazidos nesta segunda pelo USDA ficaram apenas dentro das expectativas do mercado e também não tiveram força para ajudar a impulsionar os preços.

Na semana encerrada em 3 de maio, os EUA embarcaram 533,667 mil toneladas, enquanto o mercado esperava algo entre 350 mil e 630 mil toneladas. Com esse volume, o total já embarcado na temporada chega a 44.050,030 milhões de toneladas, contra mais de 49,8 milhões do ano passado, nesse mesmo período, e frente às expectativas totais de exportação de 56,2 milhões de toneladas do USDA para o ano comercial.

Clima nos EUA

Durante a última semana, as condições de clima para o plantio se mostraram ideais, ainda segundo informações do Farm Futures, em quase todo o centro dos Estados Unidos e as previsões mostram a continuidade deste quadro na próxima semana. Deverão ser dias mais quentes do que a média e boas chuvas previstas para os próximos sete dias, como mostra abaixo o mapa do NOAA.

Essas mesmas precipitações, no entanto, poderiam desaquecer um pouco o ritmo em outros pontos produtores, mais ao norte do Corn Belt, como Iowa, sul de Minnesora, Wisconsin e Michigan. São esperados acumulados de mais de 50 mm.

Em um reporte divulgado após o fechamento do mercado, o USDA informou o plantio da soja concluído em 15% da área, contra 5% da semana anterior e enquanto o mercado esperava o plantio concluído em algo entre 9% e 11%. O índice ficou também acima da média dos últimos anos e da temporada anterior para essa época, de 13%.

Preços no Brasil

No Brasil, a segunda-feira também foi de baixa generalizada nos preços. A pressão de Chicago superou a alta do dólar – de 0,82% nesta segunda-feira, com a divisa terminando o dia com R$ 3,55 – e as cotações cederam tanto no interior, quanto nos portos do país.

Nas principais praças de comercialização, as quedas passaram de 1%, chegando a até 2,21%, como foi o caso de Alto Garças, em Mato Grosso. Em Paranaguá, a soja diponível foi a R$ 86,50 por saca, perdendo 0,57%. No terminal de Rio Grande, queda de 1,04% para R$ 86,00 no disponível e de 1,14% para R$ 86,50 na referência maio/18.

 

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