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Sem citar Bolsonaro, Haddad afirma que vai se aliar a todos que defendem a democracia

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Safismi

Em mais uma segunda-feira de visita ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Superintendência da Polícia Federal de Curitiba, onde Lula está preso desde abril, o candidato do PT ao Palácio do Planalto, Fernando Haddad, afirmou que a democracia está sendo ameaçada diariamente neste processo eleitoral e que, por isso, sua campanha vai se associar a todas as organizações preocupadas com o fortalecimento da democracia no país.

“Nossa campanha vai se engajar, cada vez mais, na questão do fortalecimento da democracia. Nós entendemos que não há como gerar empregos sem democracia, matar a fome das pessoas sem democracia, garantir a educação de qualidade sem democracia. Então, vamos nos associar a todos os movimentos sociais, populares e institucionais, seja de que instituição for, para o fortalecimento da democracia no Brasil”, disse o ex-prefeito de São Paulo. “Nós entendemos que ela está sendo ameaçada diariamente com suposições, seja sobre urna eletrônica ou o resultado eleitoral, e vamos nos associar a todos que defendam a democracia. O mundo está observando o Brasil com muito cuidado, em função desses movimentos exóticos, estranhos à tradição que nós conquistamos depois da redemocratização. E nossa campanha vai se associar a esses movimentos que colocam a democracia em primeiro lugar, em respeito à soberania popular”, acrescentou.

Questionado se estava se referindo às recentes declarações de Jair Bolsonaro (PSL) e seus aliados, Haddad, disse que isso foi conclusão da repórter. “Aí você que está fazendo a sugestão, porque você está lendo o mesmo noticiário que eu”.

O candidato do PT, que quase nada falou sobre Lula desta vez, comentou, também, a intenção da campanha de Bolsonaro de fazer um manifesto à população, aos moldes da “Carta ao Povo Brasileiro”, editada pelo PT antes da eleição de Lula em 2002, para acalmar ânimos e assumir compromissos com a manutenção do estado democrático. “Nosso manifesto é o programa de governo, que já foi apresentado ao TSE. Aprofundamento da democracia, respeito à soberania nacional, respeito à soberania popular, que pouca gente respeita, respeito aos direitos sociais, aos direitos trabalhistas. O aceno que nós fazemos é um aceno ao povo que está sofrendo com o governo Temer e seus aliados. Vamos tirar o Brasil da crise com trabalho e educação. E é num ambiente de paz que se constrói isso”, disse.

Haddad se irritou quando questionado como o PT chegará ao segundo turno sem ter feito uma autocrítica às administrações que levaram o país à Lava Jato e ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. “A gente vem sofrendo crítica diária da oposição há anos. Quem tem que fazer crítica é a oposição. Nunca vi vocês perguntarem se o PSDB faz autocrítica pelas quatro derrotas seguidas deles. Na minha opinião, a política é feita de críticas múltiplas. Os adversários criticam uns aos outros e o eleitor tira sua conclusão. Eu já fiz várias declarações sobre pontos que precisamos rever. Nosso programa de governo aponta enfrentamentos que não foram enfrentados nos governos anteriores, mas essa pergunta da autocrítica só é feita ao PT”, concluiu.

 

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