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São Miguel não teria estrutura para suportar cadeia pública, diz deputado

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Safismi

O projeto para construção de uma Casa de Custódia tem gerado polêmica em São Miguel do Iguaçu, e o assunto foi tema de reunião do GGIFRON – Gabinete de Gestão Integrada de Fronteira, realizada no último dia 24 em Foz do Iguaçu, onde participaram o Secretário de Segurança Pública do Paraná, Coronel Marinho, prefeito de São Miguel do Iguaçu, Claudiomiro Dutra, juiz da Vara Criminal Dr. Ferdinando Scremin Neto, além de outras autoridades civis e militares.

Em sua visita à Medianeira, o Deputado Estadual Soldado Fruet (PROS), falou sobre o assunto e deu sua opinião a respeito do tema.

“Muito me estranhou o anúncio de investimentos por parte do governo do estado na construção de cadeias, penitenciárias e casas de custódia. Não vejo isso como investimento”, ponderou.

O deputado disse não concordar com a construção da Casa de Custódia em São Miguel do Iguaçu, uma vez que a cidade não teria estrutura de segurança e saúde para suportar uma cadeia pública. “Estão dizendo que será uma Casa de Custódia, mas pelo que se vê sendo divulgado, será uma cadeia pública, que receberá presos provisórios de toda a região”, disse.

Fruet defende que o assunto deve ser debatido em uma Audiência Pública, ouvindo-se a opinião do povo.

Na reunião do GGIFRON na última terça-feira, o Juiz da Comarca de São Miguel do Iguaçu rebateu as críticas que o projeto vem recebendo. De acordo com ele, o Poder Judiciário, Ministério Público, Polícia Civil, Administração Municipal e representantes da OAB são favoráveis ao projeto.

De acordo com o magistrado, a verba para a construção e funcionamento da Casa de Custódia é oriunda do Governo Federal e não impactará nas finanças do município, e não afetará a segurança e também não irá comprometer a rede de saúde municipal, pois a construção contempla a implantação de ambulatórios para o atendimento médico e odontológico dos presos.

Ainda segundo o juiz, a Casa de Custódia abrigará presos das delegacias e substituirá as defasadas carceragens locais, tirando as cadeias do centro das cidades e possibilitando que mais policiais estejam nas ruas, em vez de cuidar de presos. “O local terá agentes penitenciários e profissionais de saúde, o que possibilita ainda a realização de concurso público, gerando assim mais empregos para a região”, comentou.

Uma das preocupações de quem é contra o projeto, segundo o juiz, é a vinda de familiares de presos para o município, porém isso não irá acontecer, uma vez que os presos que o local abrigará serão apenas os provisórios, os que aguardam sentença da justiça, e que serão transferidos para presídios após condenação.

Redação: Guia Medianeira

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