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Primeira escuta identifica maioria dos casos de abuso sexual

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Safismi

O Conselho Tutelar se mobiliza junto ao poder público, entidades e comunidade em geral para divulgar o “Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes”, lembrado nesta terça-feira (18/05). Em São Miguel do Iguaçu e região a maioria dos casos são relevados por meio da “escuta qualificada”, quando ocorre a primeira revelação e uma relação e confiança é estabelecida.

Em entrevista á Rádio Jornal São Miguel, o Presidente do Conselho Tutelar Moacir Leite e a Psicóloga e Coordenadora da Rede de Proteção Vanessa Tramontin Da Soler Araújo esclareceram o papel de cada instituição e explicaram as ferramentas que ajudam a identificar possíveis vítimas de abuso e exploração sexual.

A data foi proposta por representantes de organizações governamentais e não governamentais com o objetivo de: sensibilizar e mobilizar a sociedade para o enfrentamento das situações de violência sexual contra crianças e adolescentes; estimular a população a denunciar tais ocorrências e efetivar a implementação de políticas públicas e de ações para o enfrentamento das situações de violência sexual contra crianças e adolescentes.

Essa data, instituída pela Lei Federal n.º 9.970/2000, figura como marco político para o enfrentamento à violência sexual, e está relacionada ao sequestro, estupro e assassinato da menina Araceli Santos, ocorrido na cidade de Vitória, Espírito Santo, no ano de 1973. A impunidade dos agressores ganhou repercussão na mídia, gerando um sentimento de indignação na população brasileira.

Prevenção como abordagem principal – Para o enfrentamento da violência sexual contra crianças e adolescentes, a principal estratégia é a prevenção. Abordar o problema, informando, da maneira correta, as crianças e os adolescentes, conversando nas escolas, no ambiente familiar, nos espaços de convivência, pode ajudar a protegê-los.

A responsabilidade com a proteção e cuidado de crianças e adolescentes vai além dos dispositivos legais e assume uma dimensão ética, política e social, pela qual a família, o Estado e a sociedade civil devem comprometer-se com a defesa e a proteção dos direitos humanos da população infanto-juvenil. Violar os direitos humanos sexuais de crianças e adolescentes fere o princípio da dignidade humana – essencial para o desenvolvimento da dimensão humana, cultural e histórica de meninas e meninos, nas diferentes fases de vida desses sujeitos.

Portanto, o olhar atento de todos, na proteção da criança e do adolescente, previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, deve acontecer a todo momento e, principalmente, em tempos de pandemia e de isolamento social.

Em caso de suspeita de situação de abuso ou de exploração sexual de crianças e adolescentes, denuncie pelo Disque 181 ou pelo www.denuncia181.pr.gov.br (canal próprio do Estado do Paraná que funciona 24 horas por dia) ou pelo Disque 100 (Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos).

Redação RJ com SEED

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