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País precisa de reformas para atrair investidor, dizem especialistas

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Safismi

O País precisa fazer andar as reformas estruturais que diminuam o tamanho do Estado e aliviem as contas públicas, se quiser aproveitar um momento propício de retomada de investimentos estrangeiros, de acordo com economistas ouvidos pelo jornal O Estado de São Paulo.

“É preciso diminuir o quadro e a remuneração. Tão simples como isso e tão complicado como isso. O setor público se tornou disfuncional ao crescimento”, disse o economista Gustavo Franco, ex-presidente do Banco Central e estrategista-chefe da gestora Rio Bravo. Segundo ele, para cada caso de sucesso há 30 casos de fracasso. “É preciso discutir o que é prioritário e é uma escolha difícil.”

Com a dificuldade de implementar reformas estruturais no País, para que a meta fiscal possa ser cumprida, será preciso reduzir o tamanho do Estado para conseguir cumprir o teto dos gastos públicos, disse Franco, que avalia que o Brasil poderá, no médio prazo, alcançar uma taxa de juros abaixo de 7%.

“Isso será uma guerra de trincheiras, mas será preciso diminuir a dívida e melhorar o fiscal”, disse. Ele reiterou que, em sua opinião, o governo tem energia limitada para aprovações de reformas e por isso errou ao colocar na mesa primeiramente o teto de gastos, e não a Previdência. Segundo ele, se a reforma da Previdência tivesse sido a primeira, ela já estaria, neste momento, sendo finalizada.

Os sinais de retomada da economia obrigam que o investidor global considere o Brasil para compor seu portfólio, na opinião do presidente da S&P Dow Jones Indices, Alexander Matturri. “O Brasil é um país muito importante e precisa estar no radar”, destacou.

Ele afirmou, ainda, que o Brasil deve se beneficiar da liquidez global, ainda mais na perspectiva de seus pares emergentes, como a China, diante da falta de visibilidade política no país. “O Brasil é um mercado que tem muito potencial e os investidores estão se sofisticando muito”, disse.

Segundo Matturri, as questões políticas vividas atualmente no Brasil têm um viés de curto prazo. “Mesmo a eleição do ano que vem. Os investidores estão olhando o longo prazo”, disse. Para a S&P Indices, a percepção é de que há muito espaço para crescimento no País, ainda mais por conta da maior sofisticação do investidor, que a cada dia tem novas demandas. No Brasil, a companhia possui uma parceria firmada há dois anos com a B3, a Bolsa brasileira, para o desenvolvimento de índices.

Massa News

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