Com o fim das eleições após um dos pleitos mais polarizados e violentos da história do Brasil no pós-redemocratização, a Ordem dos Advogados do Brasil – Seção do Paraná (OAB-PR) avalia a criação de uma rede de proteção aos LGBTIs de Curitiba. Ao longo dos dois meses de disputa eleitoral, esse público foi dos mais visados por agressores, com cerca de 140 casos de violência cuja motivação era política. Apenas no Paraná foram cinco ocorrências desse tipo, segundo o Mapa da Violência Eleitoral.
Ananda Puchta, secretária-geral da Comissão de Diversidade e Sexual e de Gênero (CDSG) da OAB, comenta que tudo ainda é muito incipiente, embora a comissão já esteja em contato com o Ministério Público do Paraná (MP-PR) e a Defensoria Pública. Segundo ela, essa rede de proteção poderá vir a ser criada caso as denúncias de violência comecem a aumentar consideravelmente. “Caso haja mais demandas, vamos agir em conjunto para criar essa rede de proteção e acompanhar os casos”, afirma ela, destacando que o cenário ainda é muito nebuloso neste momento. “Torço para que a gente não tenha incidentes, mas realmente não sei o que virá pela frente”.
Por conta disso, inclusive, é importante que as vítimas ou mesmo quem verificar caso de violência contra homossexuais faça a denúncia à comissão por meio do e-mail [email protected] ou então pela página da comissão no Facebook, um canal mais direto (https://www.facebook.com/cdsgoabpr/).
Bem Paraná