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“O impeachment foi pela metade”, diz Alvaro Dias

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Safismi

No dia em que o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) completa um ano, o senador Alvaro Dias, pré-candidato à Presidência da República pelo Podemos, disse que a crise política permanece e, até, se agrava no Brasil, porque o impeachment foi pela metade. O senador foi o palestrante da noite desta quinta-feira, do seminário Panorama Jurídico promovido pelo Tribunal de Justiça do Paraná

“Estamos vivendo essa tragédia política, uma crise histórica, sobretudo porque o impeachment ocorreu pela metade. Na época eu defendi que o impeachment ocorresse também sobre o vice-presidente. Daí, teríamos uma nova eleição e estaríamos vivendo, de fato, um novo momento. O governo Temer é a extensão do governo Dilma, com o mesmo sistema. E sem eliminar esse sistema, não há como sair da crise”, disse o senador.

Alvaro citou que a situação se agravou por conta do adesismo fácil dos partidos que faziam oposição a Dilma ao governo Temer. “Manadas de políticos, buscando a sombra do poder para se beneficiar dos favores do governo fizeram com que o governo Temer, como o mesmo sistema promíscuo do governo Dilma, tenha uma base parlamentar ainda maior”, avaliou.

Dias afirmou, no entanto que o tempo para a renúncia ou a cassação de Temer passou. E que, agora, o melhor é aguardar o final de seu governo. “Agora, temos que nos conformar. É um governo tapa-buraco, temos que aguardar o seu final, eleger um novo presidente para que realmente o país possa retomar os trilhos do desenvolvimento”

Reforma Política

O senador também avaliou a proposta de reforma política que patina na Câmara e não consegue consenso para ser votada. “Na verdade não há uma reforma política o que há é a tentativa de uma acomodação na legislação eleitoral visando o pleito do próximo ano para favorecer a eleição daqueles que já são parlamentares. É a legislação em causa própria, que não tem como dar certo.A reforma política ficará para depois, somente se elegermos um presidente com força e coragem”, disse. Alvaro avalia, no entanto que a cláusula de barreira e a proibição das coligações poderiam ser aprovadas ainda este ano e já valer para 2018.

“O que espanta é o financiamento público. Um fundo eleitoral deste tamanho que estão falando, num momento de crise que o Brasil vem atravessando. No mundo todo, recursos públicos financiam o processo eleitoral, mas neste momento, no Brasil, falar em financiamento público de campanha é um escárnio, porque a população está vivendo dificuldades incríveis e o governo fala em tirar mais da população”, conclui.

 

 

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