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Mutirão de cirurgias bariátricas chama atenção para o tratamento de pacientes com obesidade grave no Paraná

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Uma ação conjunta – coordenada pela Sociedade Brasileira de Cirugia Bariátrica e Metabólica (SBCBM) em quatro estados do país – possibilitou a realização de 10 cirurgias bariátricas em pacientes que aguardavam na fila do Sistema Único de Saúde (SUS) no Paraná. As cirurgias foram realizada no Hospital do Rocio, em Campo Largo, Região Metropolitana de Curitiba.

Em todo o Brasil mais de 100 profissionais, entre cirurgiões e equipes, participaram da ação. Os pacientes operados passaram pelas etapas pré-operatórias e aguardam pela cirurgia.

O diretor científico da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), Caetano Marchesini, explica que a pandemia do Covid-19 ocasionou colapsos no sistema público e também fortaleceu a pandemia da obesidade, tendo em vista as restrições que o isolamento social exigiu “O número de cirurgias realizadas pelo SUS no país em 2019 já não conseguia atender nem 5% da demanda nacional. Agora, piorou muito. Precisamos avançar na realização dos procedimento”, afirma o Marchesini.

O Mutirão – O objetivo do mutirão é chamar a atenção para a necessidade de devolver a qualidade de vida para pacientes que possuem obesidade grave e doenças associadas.

Segundo o coordenador do serviço de cirurgia bariátrica no Hospital do Rocio, Paulo Nassif, marca a retomada dos procedimentos.

“A obesidade é uma doença que requer intervenção rápida, por isso, nosso objetivo será contribuir para que mais pacientes possam ter acesso a cirurgia em um prazo menor. Para isso, temos como meta conduzir cerca de 80 cirurgias por mês, via SUS ”, afirmou Nassif.

Participaram da ação sob coordenação científica dos cirurgiões bariátricos, Paulo Nassif e Caetano Marchesini, os cirurgiões Rodrigo Ferreira Garcia, José Brites Neto, Diogo Tanoe, José Alfredo Sadowski e Wagner Sobottka.

Os Mutirões no país — Os mutirões de cirurgia bariátricas são parte de uma ação conjunta entre a SBCBM e Hospitais do país com apoio da multinacional Medtronic, empresa de tecnologia e soluções médicas.

A Medtronic é referência global em cirurgias minimamente invasivas e possui um dos portfólios mais completos em cirurgia bariátrica e metabólica. Entre essas principais tecnologias, estão os grampeadores cirúrgicos, pinças de energia e torres de vídeo. Só no Brasil a Medtronic realiza cerca de 40 mil cirurgias bariátricas por ano.

Para a Medtronic, participar do mutirão, é uma forma de contribuir para o controle da obesidade no Brasil. Para isso, a multinacional emprestou aos hospitais 10 torres de vídeo, essenciais para esse tipo de cirurgia, e geradores. “Estamos sempre presentes nesse tipo de ação em diferentes especialidades, pois acreditamos na ampliação e democratização do acesso do paciente a novas tecnologias”, argumenta Felipe Barreiro, vice-presidente da Medtronic no Brasil.

Segundo o executivo, além da disponibilidade da tecnologia, para que o mutirão acontecesse houve uma mobilização interna que contou com a participação dos colaboradores da multinacional, distribuidores e parceiros. “Esse tipo de iniciativa requer uma orquestração desafiadora em razão de estarmos presentes em Estados distintos. Sem essa cadeia de apoio nada disso seria possível. Estamos orgulhosos e agradecidos, já que, mais uma iniciativa com a participação coletiva de diferentes protagonistas foi bem-sucedida e transformou a vida dos pacientes”, conclui.

Os mutirões aconteceram simultaneamente na Santa Casa de São Paulo; no Hospital do Rocio, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC) no Paraná; no Hospital São Paulo, em Teixeira de Freitas na Bahia; e em cinco hospitais de Recife, sendo eles o Hospital das Clínicas, Hospital Agamenon Magalhães, Hospital Esperança e no Real Hospital Português. Apenas em Recife o mutirão aconteceu nos dias 4 e 5 de março.

Indicação — Entre os critérios previstos nas portarias 424 e 425 do Ministério da Saúde para realização da cirurgia bariátrica pelo SUS estão o encaminhamento de pacientes com Índice de Massa Corporal (IMC) de 50 Kg/m2 e pacientes com IMC ³40 Kg/m², com ou sem comorbidades, sem sucesso no tratamento clínico por no mínimo dois anos e que tenham seguido protocolos clínicos.

As portarias também permitem a indicação para cirurgia bariátrica de pacientes com IMC > 35 kg/m2 e comorbidades com alto risco cardiovascular, diabetes e/ou hipertensão arterial de difícil controle, apneia do sono, doenças articulares degenerativas ou outras que não tenham tido sucesso no tratamento clínico longitudinal realizado por no mínimo dois anos e que tenham seguido protocolos clínicos.

Dados –– De acordo com a última Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em parceria com o Ministério da Saúde, um em cada quatro adultos estava obeso em 2019. São 29,5% das mulheres e 21,8% dos homens.

Outro estudo recente, o Diet & Health Under Covid-19, que entrevistou 22 mil pessoas de 30 países, em 2021, identificou que foram os brasileiros os que mais ganharam peso durante a pandemia de COVID-19. Aqui, cerca de 52% dos entrevistados declararam ter engordado. A média global é de apenas 31%. Ainda segundo a pesquisa, os brasileiros ganharam, em média, cerca de 6,5 quilos neste período.

Assessoria

Uniguaçu