O Ministério Público do Paraná (MP-PR) instaurou um inquérito civil para apurar se houve fraudes na execução de obras no Colégio Estadual do Paraná, em Curitiba.
A investigação é um desdobramento da Quadro Negro, operação deflagrada em 2015 que investiga desvios de R$ 20 milhões que deveriam ter sido usados na construção e na reforma de escolas no Paraná.
Delatores disseram que políticos, como o ex-governador Beto Richa (PSDB), se beneficiaram dos desvios. Richa nega o recebimento de proprina.
O inquérito civil foi aberto em 9 de julho, por promotores do Grupo Especializado ao Patrimônio Público e no Combate à Improbidade Administrativa (Gepatria).
Eles argumentam que o relatório de vistoria da obra indica irregularidade no aditivo realizado. O MP-PR também cita “as reiteradas fraudes já verificadas em outros contatos a cargo da SUDE [Superintendência de Desenvolvimento Educacional].
O contrato investigado pelo Ministério Público, com valor de R$ 244 mil, foi firmado em 2013, entre a empresa Aghora Ltda e a Secretaria de Estado da Educação (Seed), para reparos no prédio do colégio. O aditivo foi no valor de R$ 168 mil, em 2014.
Em nota, a Seed disse que “foi a primeira a investigar os indícios de disparidades em medições de obras de escolas”.
Afirmou, ainda, que foi “aberta auditoria interna para apuração da situação e os dados foram então encaminhados à Polícia Civil, Ministério Público e Tribunal de Contas, para que cada órgão tomasse as providências cabíveis”.
Por fim, a secretaria acrescentou ter reforçado “seus departamentos de controle interno e de auditoria após o episódio”.
O G1 aguarda um retorno da Aghora sobre o assunto.
G1