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Moro dá depoimento de mais de oito horas na PF e apresenta novas provas contra Bolsonaro

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Safismi

O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro prestou depoimento durante mais de oito horas neste sábado (2) na Superintendência da Polícia Federal (PF), no bairro Santa Cândida, em Curitiba.

O depoimento, que começou por volta das 14 horas e terminou às 22h40, foi sobre as denúncias feitas por Moro de que o presidente Jair Bolsonaro tentou interferir no trabalho da PF durante a apurações contra seus parentes.

A denúncia foi feita pelo ex-ministro durante seu discurso de despedida do governo. O inquérito foi autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar se as acusações de Moro são verdadeiras.

Se não forem, o ex-ministro pode até responder na Justiça por denunciação caluniosa e crimes contra a honra. Moro só deixou o prédio da PF por volta das 0h40.

Segundo fontes consultadas pela reportagem do Bem Paraná, Moro apresentou novas provas das denúncias contra Bolsonaro, entre elas mensagens de texto, áudio e pelo menos cinco e-mails.

O depoimento foi determinado pelo ministro Celso de Mello, relator do caso, e foi colhido por delegados da PF e acompanhado pelos procuradores que tiveram autorização do ministro do STF.

Além de Moro, participaram do depoimento o advogado do ex-ministro Rodrigo Rios e três procuradores: João Paulo Lordelo Guimarães Tavares, Antonio Morimoto e Hebert Reis Mesquita. Também participaram três delegados: Cristiane Corrêa, chefe do Serviço de Inquéritos Especiais (Sinq), que investiga pessoas com foro privilegiado, Igor Romário de Paula, diretor de Combate ao Crime Organizado, e Érika Marena, que deixou o Departamento de Cooperação Internacional do Ministério da Justiça e voltou para a PF, atuando também no Sinq. Também estava na sala um escrivão.

Segundo informações, o depoimento foi interrompido por duas vezes: uma para irem ao banheiro e outra para jantarem 16 pizzas, por volta das 20h40.

Mensagens trocadas pelo ex-ministro e reveladas pelo Jornal Nacional mostram que a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) tentou convencer Moro a permanecer no cargo, em meio à polêmica envolvendo a troca de comando da Polícia Federal.

A parlamentar se ofereceu para tentar convencer o presidente da República a indicá-lo para uma vaga de ministro do STF.

Moro deixou o governo após Bolsonaro ter demitido o delegado Maurício Valeixo do comando da PF. Moro havia prometido apresentar novas provas contra o presidente no depoimento deste sábado (2).

Segundo o colunista Guilherme Amado, da revista Época, Moro teria entregado outras mensagens de whatsapp para a polícia.

Fonte: Bem Paraná

Uniguaçu