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MOMENTO SAÚDE – Como reconhecer e lidar com viroses infantis

Publicado

em

Safismi

Dor de garganta, nariz escorrendo, febre, espirros e tosse. Em casos mais graves, desconforto respiratório e baixa oxigenação sanguínea (hipoxemia). Esses são sinais típicos de possíveis infecções virais que acompanham a chegada do frio e se tornam motivos de preocupações de pais e responsáveis pelas crianças.

O termo virose, apesar de extremamente comum, não quer dizer muita coisa na prática. Essas doenças virais genéricas se manifestam com mais frequência nos bebês em fase de amamentação, crianças e adolescentes. Isso porque o organismo e o sistema imunológico desse grupo ainda estão em fase de desenvolvimento. Diante dessa vulnerabilidade, os milhares de vírus oportunistas provocam infecções que atingem principalmente o aparelho respiratório e o trato gastrointestinal.

As viroses mais recorrentes são as que afetam as vias aéreas superiores (fossas nasais, laringe e faringe) e causam doenças como amidalite, otite, faringite, sinusite e resfriados. Já bronquiolite e pneumonia atingem as vias aéreas inferiores (traqueia, brônquios e pulmões). Geralmente, o tratamento busca aliviar sintomas, com uso de soro fisiológico para a limpeza nasal, medicamentos para baixar a febre, anti-inflamatórios, ingestão frequente de líquidos e, se indicado pelo médico, antibióticos, para os casos de infeções virais associadas a bacterianas. Os sinais que devem acender o alerta para os pais são febre alta (acima de 38 °C) por mais de dois dias e inapetência, que leva a criança a parar de se alimentar. Quanto mais novo for o bebê, mais cuidado e mais atenção devem ser dedicados a ele.

Para evitar problemas respiratórios, a vacina contra gripe é indispensável. “É lenda essa história de que a vacina contra a gripe deixa as pessoas doentes. A vacina protege, sim, contra os tipos mais fortes do vírus e deve ser tomada principalmente por crianças até os cinco anos, pelos pais e pela babás e cuidadores também.”

O outono e o inverno favorecem a disseminação de vírus porque as pessoas fecham janelas e portas e se aglomeram em locais fechados, facilitando a transmissão. Além disso, o tempo seco faz com que mais partículas — como as de poluição e de vírus — permaneçam suspensas no ar. “Sem contar que os vírus sobrevivem em superfícies, como uma mesa, por exemplo, por mais tempo no frio do que no calor”.
Medidas de higiene simples, como lavar as mãos com água e sabão antes e após as refeições e usar álcool em gel sempre que possível podem ajudar na prevenção. Saiba como as principais doenças virais respiratórias se manifestam:

Amidalite: Quando infectadas, ocorrem dor de garganta, febre e mau hálito. Com a dificuldade para engolir, é possível suspeitar da doença porque bebês podem mamar menos. Durante o período da inflamação, dê bastante líquido para hidratar as mucosas. Evite expor a criança à fumaça do cigarro, que é altamente irritante e pode piorar o quadro.

Faringite: Os sintomas são semelhantes aos da amidalite, incluindo dor de garganta, febre e aumento do volume das amídalas.
Otite: Infecção comum na infância, causa dor intensa, febre, falta de apetite, às vezes com diminuição da audição e secreções. Como a dor é forte, é frequente que bebês atingidos chorem bastante. Caso suspeite dessa infecção, procure assistência médica para evitar complicações mais graves.

Resfriado: Há mais de 200 vírus responsáveis pelo resfriado. Eles atingem mais as crianças, especialmente em fase pré-escolar. Coriza, tosse e espirro são os sintomas mais fáceis de identificar. Procure um médico o mais rápido possível caso o bebê ou a criança apresente dificuldades para respirar, febre acima dos 39,5° C, calafrios e suor intenso por mais de três dias. Também procure ajuda em caso de vômito, dor de ouvido, choro constante, sonolência excessiva e dores abdominais.

Sinusite: É a inflamação do tecido que recobre os seios da face, cavidades internas próximas à região do nariz. O inchaço provoca o entupimento nasal e dificulta a saída das secreções, gerando mal-estar, febre e dificuldade para respirar. Evite expor o bebê ou a criança ao ar-condicionado, que resseca as mucosas. Tomar bastante água e lavar o nariz com soro fisiológico várias vezes ao dia ajudam a aliviar o desconforto.

Além das respiratórias, as viroses gastrointestinais estão entre as mais comuns. Os sintomas mais frequentes são dor abdominal, náuseas, vômitos e diarreia. Elas podem ser transmitidas por meio do contato da boca ou nariz com objetos, alimentos ou líquidos contaminados com fezes que contenham os vírus ou pelo ar. O tratamento geralmente é baseado em medicamentos para aliviar dores e febre, além da reposição de água, fundamental em caso de diarreia.

É fundamental termos em mente algumas recomendações básicas para não transmitir e nem contrair os vírus:
Mantenha-se em repouso em casa quando estiver doente;

Limpe e desinfete as superfícies de contato mais comuns, como maçanetas e mesas, seja em casa, no trabalho ou na escola;

Se estiver doente com manifestação de tosses e espirros, use máscaras para evitar espalhar o vírus;

Cubra a boca e nariz com lenço de papel ao tossir ou espirrar, ou faça-o na manga do braço, para não contaminar as mãos com o vírus;

Lave as mãos frequentemente com água e sabão ou utilize um produto de limpeza à base de álcool a 70%. Faça isso não somente antes das refeições, mas sempre que houver contato com alguma secreção respiratória ou superfícies tocadas por muitas pessoas, como no transporte público.

Fonte: DRAUZIO VARELLA

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