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Exportações paranaenses de caminhões crescem 244% em janeiro

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Safismi

As exportações de caminhões de carga produzidos no Paraná somaram US$ 47,2 milhões em janeiro deste ano, alta de 244% em relação ao mesmo mês de 2018 (US$ 13,7 milhões). Foi a maior variação entre os dez principais itens da pauta de exportações do Estado, segundo dados do Ministério da Economia, tabulados pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social.

“É o melhor resultado para o mês de janeiro na série histórica iniciada em 1997”, destaca Julio Suzuki, diretor de pesquisa do Ipardes. Até então, o recorde era o de 2008: US$ 26,7 milhões. Este salto, diz Suzuki, se reflete em bons indicadores sociais.

“O crescimento das exportações paranaenses de caminhões impacta diretamente sobre o nível da produção, que, por sua vez, garante um maior nível de emprego em um setor que é caracterizado pelas ocupações mais qualificadas”, ressalta ele.

O aumento expressivo foi alavancado pelas vendas de caminhões pesados. “Está diretamente relacionado à recuperação do mercado externo e também reflete a atuação proativa dos fabricantes de caminhões de carga para compensar as limitações existentes no mercado interno, que retraiu muito durante a recente crise brasileira”, analisa Suzuki.

POSIÇÃO NACIONAL – O valor exportado no mês passado coloca o Estado na segunda posição do ranking nacional, atrás apenas de São Paulo, superando estados que abrigam grandes fabricantes de caminhões de carga, como Rio de Janeiro e Minas Gerais. Entre os países importadores dos veículos paranaenses, destacaram-se a Argentina e o México, cujas compras alcançaram US$ 20,6 milhões e US$ 13,9 milhões, respectivamente, em janeiro de 2019.

CONTRAMÃO – O desempenho das exportações do segmento no Paraná está na contramão do País. Conforme as estatísticas do Ministério da Economia, as vendas externas brasileiras de caminhões de carga recuaram 6,4% no primeiro mês de 2019 em comparação com janeiro de 2018, de US$ 124,5 milhões para US$ 116,5 milhões. O recorde nacional do setor em janeiro foi verificado em 2017: US$ 169,7 milhões.

Setor apresenta perspectivas bastante otimistas para 2019
“Para 2019, as perspectivas para o setor de caminhões de carga no Paraná são muito promissoras, tanto para exportações quanto vendas domésticas, por conta da melhores condições da economia brasileira”, aponta o diretor de pesquisa do Ipardes, Julio Suzuki.

Este ano, o Banco Central projeta expansão do PIB brasileiro em 2,5%. “Esse seria o melhor resultado desde o início da grave crise iniciada há alguns anos. Com esse crescimento, provavelmente ocorrerá uma reação do mercado interno de caminhões de carga que favorecerá as plantas industriais instaladas no Paraná”, avalia.

Alegando sinais consistentes de retomada da economia e expectativa de elevação de 30% no mercado de caminhões do País, na semana passada a montadora Volvo anunciou a contratação de 300 funcionários, aumentando o segundo turno de caminhões na fábrica de Curitiba, além de mais R$ 250 milhões em investimentos até 2020. O montante se soma ao aporte de R$ 1 bilhão iniciado em 2017 e que será concluído este ano.

O Paraná tem um papel relevante nas exportações da Volvo por conta da localização estratégica da planta curitibana, que funciona como um “hub” manufatureiro para abastecer a América Latina. A empresa aposta no crescimento das vendas externas em 2019, em virtude do cenário econômico mais positivo nos seus principais mercados, como Chile, Peru e Argentina.

DAF – Inaugurada em 2013, a planta da DAF Caminhões em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, também vem expandindo anualmente a produção para atender o mercado local e tem planos futuros de também passar a exportar.

 

AEN

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