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Eventos cancelados deixam de movimentar R$ 300 milhões na Região

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Safismi

O setor de turismo de negócios e eventos contabiliza uma perda multimilionária neste ano de 2020, devido ao coronavírus. A pandemia mundial ocasionou o cancelamento de inúmeros eventos em Ponta Grossa e outros eventos da região, especialmente os agropecuários, que movimentam grande quantia financeira e registram elevada circulação de pessoas. Um levantamento divulgado pelo Ponta Grossa Campos Gerais Convention & Visitors Bureau (PGCG CVB) mostra que os prejuízos para o setor são estimados em R$ 300 milhões.

Em entrevista ao vivo ao Portal aRede, na tarde desta quinta-feira, Henrique David Plattek, Diretor do Convention, e Daniel Wagner, Presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares dos Campos Gerais, detalharam o impacto desses cancelamentos. “O maior nome que temos em cancelamento é o Agroleite. Quando o Agroleite acontece, lota todos os hotéis, de toda a região, e todo esse fluxo financeiro acaba parando”, resume.

Pela importância do evento, Daniel Wagner classifica o Agroleite, para o setor hoteleiro, como o equivalente ao Natal para o comércio. “É um evento internacional emblemático. E nós vamos ficar sem esse evento nesse ano. O turismo é deslocamento de PIB, em que as pessoas gastam dinheiro, fazendo aporte na nossa economia. Os turistas conjugam os quatro verbos: comer, dormir, comprar e visitar; eles geram empregos, incremento nas empresas das redondezas e tudo isso está deixando de acontecer”, reforça.

Somente em 2019, o Agroleite movimentou quase R$ 80 milhões, atraindo 75 mil pessoas ao Parque de Exposições Dario Macedo, em Castro. Porém, Plattek ressalta que não é apenas esse valor que deixou de ser movimentado por este evento. “E tem outros eventos também menores; cada evento cancelado tem um fluxo que não passa mais pela cidade, seja em restaurantes, serviços – até o abastecimento de combustível deixa de ser feito. Por isso os impactos são tão grandes. Diferente do comércio, que consegue retomar antes, o evento grande, quando cancelado, não consegue ser ‘descancelado’; ele não consegue voltar atrás, porque existe preparação grande”, diz.

Além do Agroleite, eventos como o Expoleite, Feira Paraná (e consequentemente a Efapi), Münchenfest foram cancelados, e a Expofrísia, que aconteceria em abril, foi suspensa. Mas há inúmeros outros eventos, universitários, sindicais, de entidades e de setores específicos cancelados. Esses eventos menores nem sempre tem a estrutura necessária para terem continuidade, e o Convention Bureau busca auxiliar a manutenção deles. “Estamos fazendo um levantamento porque os eventos precisam de uma força para continuidade, porque eles nem sempre conseguem se reerguer com facilidade. É algo que as pessoas esperam todo ano, e às vezes quando interrompe um ano, é difícil voltar. Vamos querer auxilio de quem for, tanto intuições provadas quanto públicas, pra não deixar esses eventos morrerem – pelo menos para o ano que vem”, conclui Plattek.

Eventos de negócios podem ser realizados

De acordo com Daniel Wagner, o impacto no turismo de lazer na região só não será maior pelo fato de que não houve um grande incremento turístico com a concessão de Vila Velha, como poderia ocorrer a partir dos próximos meses. “Não tínhamos isso funcionando forte, então como iria começar, não chegou a cair ou reduzir. Vejo desespero em outros destinos do Brasil, acostumados com atendimento a estrangeiros, que vão demorar muitos meses para retornar”, diz. Já quanto ao turismo de negócios, que está zerado no momento Wagner explica que é possível realizar eventos. “O decreto municipal fala de eventos acima de 20 pessoas. Ou seja: abaixo disso podem ser feitos, tomando todos os cuidados, com espaçamento, higienizando, com álcool em gel e máscaras, é possível fazer, para que a economia de eventos ser retomada”.

Fonte: A Rede | Foto: A Rede

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