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Enxaqueca: um problema sério

Publicado

em

Safismi

Enxaqueca não é somente uma simples dor de cabeça. É um problema de saúde sério, que acomete mais de 30 milhões de brasileiros (3 mulheres para cada homem) e merece acompanhamento médico especializado.

Isso porque quem sofre de enxaqueca perde dias de trabalho e momentos importantes da vida por conta das crises que duram de 4 a 72 horas. E o pior: muitos fazem uso abusivo de analgésicos, o que significa que tomam mais de dois comprimidos do medicamento por semana.

Quem tem dores de cabeça constantes (mais de dois episódios numa única semana) deve procurar ajuda. O problema, é encontrar um especialista, já que nem todo neurologista sabe indicar o tratamento adequado.

Não é raro o paciente perambular de médico em médico, passar por consultas que não duram mais 10 minutos, realizar diversos exames e no fim ainda ouvir: Olha, você tem só uma dor de cabeça. Toma um analagésico que passa.

Para identificar a enxaqueca é necessário analisar o histórico do paciente. É preciso ter uma conversa longa com ele para investigar tudo, hábitos alimentares, comportamentos, histórico familiar. Os exames, como tomografia e ressonância, quando solicitados, só servem para descartar doenças secundárias, como tumor e aneurisma.

Estima-se que as crises de enxaqueca comprometam 1,4% do total de anos de vida saudável do paciente. A dor de cabeça em geral é latejante e unilateral e pode mudar de lado; dependendo da intensidade da crise, a pessoa pode ficar impossibilitada de realizar suas atividades habituais e, na fase crítica, desenvolver sintomas como intolerância à luz, aos ruídos e a odores, além de náusea e vômito.

Movimentos bruscos do crânio e esforços físico e mental também podem agravar o sofrimento durante a fase aguda. Náuseas e vômitos são frequentes porque durante a crise ocorre uma estase gástrica, ou seja, a digestão e absorção do que foi ingerido são suspensas. Por isso o paciente se sente enjoado.

A dica fundamental para quem sofre desse problema é prestar atenção na alimentação. Queijos curados, molhos, vinho tinto, café e chocolates podem ser fatores desencadeantes da crise. Esses alimentos liberam substâncias inflamatórias que dilatam os vasos cerebrais e ajudam a desencadear a dor de cabeça. Além disso, fatores ambientais como luz e odores fortes e barulho alto também podem funcionar como gatilho para alguns pacientes. As oscilações hormonais pelas quais grande parte das mulheres passa durante a vida contribuem para desencadear as crises.

Durante a menstruação, por exemplo, o nível de estrogênio diminui. Com isso, os vasos sanguíneos se dilatam, ocasionando as dores. Existem medicamentos específicos para os casos de dor recorrente.

Na prática, o paciente tem que fazer um tratamento preventivo com remédios que diminuem a frequência e a intensidade das crises. Além dos medicamentos, é importante praticar atividade física. Se você tem dores recorrentes, procure fazer ioga, pilates ou caminhada, pois esses exercícios liberam endorfinas, que são ótimos aliados no controle da dor.

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