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“É preciso lembrar o delinquente que o Estado tem estrutura para prendê-lo”, diz juiz

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Safismi

Em artigo encaminhado à imprensa local, o Juiz da Vara Criminal de São Miguel do Iguaçu, Dr. Ferdinando Scremin Neto, defendeu a urgência de uma estrutura para abrigar os detentos e evitar o risco de fugas e rebeliões nas precárias instalações da Delegacia de Polícia Civil. Confira o texto na íntegra:

CRITICAR OU RESOLVER?
Para que o mal vença basta que os bons nada façam

Se perguntarem a qualquer pessoa se a doença é desejável, certamente falará que não. Nem por isso se deixará de construir hospitais e farmácias para tratar os doentes. Se indagarem uma família se os seus membros desejam a morte de um familiar querido, a resposta será negativa. Mas ainda assim cemitérios e crematórios terão de ser edificados. Da mesma forma quanto aos presos, ninguém quer o crime, o delito incomoda, então vamos resolver o problema ou deixar os criminosos nas ruas?

Quem critica a casa de custódia que aponte as soluções!!! Os detratores do projeto se sentem seguros com uma cadeia pública precária, construída de tijolos no século passado, sem condições mínimas de segurança e prestes a explodir com fugas e rebeliões, localizada em área residencial no meio da cidade?

O ser humano é, de fato, marcado por contradições, tende a esquecer dos problemas e quando a bomba explode tem na ponta da língua o ímpeto de dizer “que ninguém faz nada”. Há os que dizem que investimentos em educação, saúde, creches e outros temas são prioritários, mas isso ninguém nega! Que se invista em educação, mas os dez mil presos das delegacias do Paraná demandam casas de custódia, até para que a população tenha mais policiais nas ruas, e, assim, mais segurança!!! E nessa área é preciso fazer lembrar o delinquente que o Estado tem estrutura suficiente para prendê-lo, se infringir a Lei. E deixá-lo preso em local cuja fuga será dificultada ao máximo, e quando condenado será, então, levado ao presídio em cidade maior.

Os arautos do caos e da desordem defendem o “quanto pior, melhor”. Mas a população de bem precisa entender que a segurança pública demanda investimentos em mais policiais, agentes penitenciários e vagas prisionais. Afinal de contas o problema da fronteira inclui a criminalidade transeunte que circula nas rodovias, no lago e nas vias rurais de nossa Comarca. E São Miguel do Iguaçu é palco de constantes operações da Receita Federal, Polícias e Exército. Prisões são realizadas e não há local seguro para abrigar e dar trabalho aos detentos. Então é um problema a ser encarado de frente, sem demagogia, sem querer empurrar a sujeira para o tapete do vizinho. A crítica vazia é o primeiro passo para o atraso, e muito dano produz quem só abre a boca para vociferar o que não sabe, em detrimento dos que trabalham para apresentar soluções.

Direito tem quem direito anda. Para o cidadão de bem não há nada a temer.

Uniguaçu