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Deputado mais votado, Francischini desconversa sobre presidir Assembleia

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Safismi

Candidato mais votado da história do Paraná para deputado estadual, com 427.627 votos, o deputado federal Fernando Francischini (PSL) já está sendo cotado desde já para outros dois “vôos” mais altos em sua carreira política: as eleições para a presidência da Assembleia Legislativa e para a prefeitura de Curitiba em 2020. Cauteloso, o principal aliado do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) no Estado, porém, desconversa quando questionado sobre essas duas possibilidades, alegando que no momento, seu foco é eleger o capitão reformado para o Palácio do Planalto.

Só na capital, ele teve 139,8 mil votos para deputado estadual, sendo também o mais votado na regional. “Nem pensamos. Agora estamos focados no segundo turno do Bolsonaro que é o objetivo principal: ganhar a eleição presidencial”, despista o delegado, que ficou à frente, por exemplo, do ex-prefeito Gustavo Fruet (PDT), deputado federal mais votado em Curitiba, que obteve 80,3 mil votos na capital; Ney Leprevost (PSD), derrotado no segundo turno por Rafael Greca (PMN) em 2016, obteve 64.664 votos também para federal.

Bancada da bala

Com sua votação recorde, Francischini garantiu ao partido de Bolsonaro a maior bancada na Assembleia, com oito parlamentares. Até por isso, defende que essa bancada deve fidelidade ao projeto que ele chama da “nova direita”, que seria “conservadora nos costumes e liberal na economia”. De largada, o deputado chamou o grupo para compor a bancada de apoio ao governador eleito Ratinho Junior (PSD).

Francischini garante que terá fidelidade da bancada que ajudou a eleger. “Todos têm alinhamento ideológico. Vai ser uma bancada, como a gente chama, ‘uma bancada da bala no Paraná’. É coronel, é delegado, sub-tenente do Exército, de operações especiais, é uma tropa pesada que nós elegemos. Vai dar uma coisa diferente. A Assembleia sempre era aquela mesmice e agora tem gente de microfone pesado com temas de segurança pública, que os deputados que tinham de segurança não tinham costume de usar a tribuna. Nunca teve (tantos agentes de segurança na Assembleia)”, aponta.

Coordenador da campanha de Bolsonaro, Francischini deve acompanhar o presidenciável, caso ele obtenha autorização médica para viajar. Do contrário, Francischini fará a base da campanha no Paraná. “Meu foco é eleger Bolsonaro. A presidência da Assembleia é um segundo momento, depois de me dedicar à eleição de Bolsonaro. É importante, mas acho que vai haver o momento devido para isso. Agora o foco é trazer os deputados. Imagina lançar uma campanha para presidência da Assembleia em um momento que a gente tem que unir, não dividir”, explica.

Fidelidade

Comparado a Ratinho Junior, que também deixou a Câmara Federal para ser o mais votado à Assembleia Legislativa, e com isso compor maior bancada, Francischini também desconversa sobre sua pretenção quanto à eleição ao governo do Estado em 2022. A estratégia de Ratinho Jr foi manter a bancada fiel e ocupar uma secretaria importante do governo, a de Desenvolvimento Urbano, o que fez com que tivesse acesso a liberação de recursos a prefeitos e contato com os municípios ao longo do mandato. “Não conversei com Ratinho Jr, nem com Bolsonaro, sobre cargos. Bolsonaro teve a grande votação que o levou ao segundo turno justamente por não fazer toma-lá-dá-cá com com cargos. E por eu ter assumido os mesmos princípios que ele tem, eu mesmo nunca toquei (no assunto) de cargos, nem com ele, nem com Ratinho”, afirma.

Sem recorde, PSL teria apenas uma vaga

Pelo menos dois deputados eleitos pelo PSL devem suas cadeiras ao desempenho do campeão de votos, Fernando Francischini, além de outras cinco que só existem graças à soma total de votos. A bancada do partido é formada por Coronel Lee (58.336 votos); Delegado Fernando (36.937 votos); Luiz Fernando Guerra (32.211 votos); Ricardo Arruda (27.566 votos); Do Carmo (17.695 votos); Emerson Bacil (17.625 votos); e Subtenente Everton (13.043 votos). Somados os votos desses sete deputados do PSL, o grupo teria 203.685, ou seja, apenas Coronel Lee, o mais votado dos sete, seria eleito sem Francishini.
Diante disso, ele já deu o recado: “eleger oito deputados estaduais traz a obrigação de eu buscar um por um desses, com a experiência que eu tenho de Brasília nesses anos todos, e trabalhar para que eles sejam bons parlamentares, tenham um posicionamento, porque eles carregam uma obrigação” afirma. “A obrigação que carregam dos votos que eu consegui para ajudar na eleição e, principalmente, do Bolsonaro, já que muita gente votou nos candidatos do partido porque sabiam que eram candidatos comprometidos com a mudança do Brasil”, pontua.

O líder do grupo defende que os integrantes do grupo tem obrigação de seguir as orientações dele. “Maior bancada da Assembleia para um partido que era minúsculo, então isso traz uma obrigação minha, que tenho mais experiência que os outros de sentar, conversar, trabalhar para que cada um deles faça um bom trabalho para que o eleitor se sinta representado também na maioria da bancada eleita”, pondera.
Francischini chegou a ensaiar uma candidatura ao Senado, mas acabou optando por concorrer à Assembleia como estratégia para eleger uma bancada numerosa, ao mesmo tempo em que lançou o filho para a Câmara Federal. Felipe Francischini (PSL) foi o segundo candidato a deputado federal mais votado, com 121 mil votos.

 

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