ELEIÇÕES 2022 – SEU VOTO FAZ O PAÍS
Críticas a Lula e troca de farpas. Veja como foi o penúltimo debate entre os presidenciáveis

Publicado
3 anos atrásem
Por
Luiz HenriK

Os candidatos à Presidência da República se encontraram, neste sábado (24/9), no debate do SBT. Dos sete postulantes ao Palácio do Planalto convidados para o evento, seis estiveram presentes.
O candidato Felipe D’Avila pediu para os eleitores lembrarem dos casos de corrupção na hora do voto.
“O Brasil é fruto da sua escolha, você vai escolher se o Brasil vai se livrar da corrupção ou vai continuar sendo governado por corruptos. Por trás de um presidente da república tem que ter um time e me orgulho de estar um partido que não tem escândalo de corrupção”, disse D’Avila.
“No segundo turno, teremos um problema, esses partidos quase todos estarão com Lula. Isso mostra que esse show vai continuar e você vai continuar pobre se você não votar bem”, finalizou o candidato.
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O Padre Kelmon utilizou o tempo final para pedir que os eleitores não votem em candidatos de esquerda.
“Não permita a volta da esquerda ao poder. Pesquisem, olhem a Venezuela, destruída pela esquerda, a Nicarágua perseguindo os religiosos. Os frutos são esses. Estamos em um partido cristão e conservador, o PTB”.
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A candidata Soraya Thronicke usou as considerações finais do debate para criticar os candidatos líderes nas pesquisas, Lula e Bolsonaro.
“Quero falar da utilidade do voto, a utilidade é mudar o Brasil. O Brasil não aguenta mais mensalão, petrólão, nem rachadinha. Não aguentamos mais candidatos que não prestam contas nem candidatos que só arrumam briga e confusão”, disse Soraya, sem se referir aos opositores.
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Nas considerações finais, Bolsonaro enviou recado à população carente do país: “Meu governo tem olhar para os mais pobres, em especial aos mais pobres. Eu dei o Auxílio Brasil para 21 milhões de pessoas”.
O atual presidente encerrou sua participação falando sobre a redução do preço da gasolina nos últimos dias.
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Ciro Gomes utilizou o tempo das considerações finais para falar sobre a polarização do país.
“Quero pedir a Deus que ilumine minha palavra. Você precisa me ouvir. Todos os nossos problemas se agravaram. Se repetirmos mais do mesmo, nós teremos o mesmo resultado. Me ajude a mudar o Brasil. É o apelo que faço a vocês”.
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“O futuro do Brasil está nas suas mãos. Está nas nossas mãos e depende do seu voto. O Brasil não aguenta e não suportaria, ou suportará mais quatro anos dessa discussão ideológica, dessa briga, dessas mentiras de corrupção. O Brasil quer e precisa de mudança de verdade. Eu estou pronta para unir o Brasil com amor, e com coragem derrotar a fome e a miséria. Tenho experiência, sei como fazer. Tenho como vice uma pessoa que é tetraplégica, para mostrar que o Brasil precisa verdadeiramente ser para os 215 milhões de brasileiros, e temos os melhores projetos para isso. Mas, para isso, preciso do seu voto. Meu número é 15, peço seu voto. Muito obrigado.”
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Ao comentar a resposta de Padre Kelmon, Soraya Thronicke defendeu as cotas raciais, mas criticou os gastos com educação.
“Falou-se aqui em cotas e sim, manteremos cotas. A questão principal é que o país gasta muito, como um país de primeiro mundo, mas entrega uma educação pífia. Começaremos nossa reforma na educação valorizando os professores, isentando eles do imposto de renda, também teremos”, disse a candidata.
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Márcio Gomes afirmou que o Padre Kelmon parce que foi ao debate para defender o atual governo e o convidou para falar sobre a Lei de Cotas.
Na resposta, o Padre afirmou que esse diálogo coloca “brasileiro a odiar o próprio brasileiro”.
“Vocês dividem e inventam argumentos para colocar um contra o outro. Os negros não precisam de subterfúgios, de dinheiro de ajuda. Cada um é capaz de, com seus esforços, pode sim chegar à universidade”, disse Kelmon.
O candidato disse que o PTB quer oferecer escolas de qualidade para todos investindo na educação de base.
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Padre Kelmon, no comentário, enalteceu os governos de direita
“Esse governo o Brasil está em boas mãos. O Brasil estaria em más mãos se estivesse em um governo de esquerda. Aonde a esquerda coloca as mãos para governar apodrece tudo”.
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Jornalista da Nova Brasil Diego Amorim pergunta a Felipe D’Avila sobre as diferenças entre direita e esquerda. “O senhor acha que o governo Bolsonaro representa bem a direita, o conservadorismo e o liberalismo econômico?”
O candidato respondeu que é preciso separar os políticos liberais dos não liberais. “Nós defendemos a liberdade individual, a economia de mercado, abertura comercial, liberdade com responsabilidade. É uma visão voltada pro cidadão”, disse.
“Neste governo [Bolsonaro], não temos nada de liberal”, disse ainda D’Avila.
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Ainda falando sobre educação, Simone Tebet comentou que nem os quatro mandatos petistas, nem o governo atual deram a devida atenção para a educação brasileira. Ela afirmou que esse é o único caminho para dar dignidade às famílias e que faltam pessoas preparadas para as vagas de trabalho existentes. Além disso, reforçou que fará diferente dos últimos cinco governos. “Educação de nossas crianças e jovens será prioridade pela primeira vez no Brasil”, prometeu.
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A colunista do portal Terra Joice Berth perguntou a Soraya sobre a aparente contradição da candidata em defender o porte de armas, mas defender o direito das mulheres: “Candidata, a senhora se diz defensora do direito das mulheres, no entanto, é a favor da cultura armamentista que se intensificou nos últimos anos. Estudos mostram que as armas intensificam a violência doméstica”, disse a jornalista.
“Não é uma anarquia, sou autora de projeto de lei para que as mulheres consigam se evadir do lar e que são atacadas, tem que equalizar, não é uma farra do armamento e aproveitar para dizer que nós mulheres também sofremos violência política”, respondeu Soraya Thronicke.
O comentário foi feito por Felipe D’Avila, que defendeu a independência financeira como forma de tirar as mulheres da situação de violência. “Esse é o país que infelizmente 26 mulheres sofrem agresão por hora, e o agressor está dentro de casa, precisamos ajudar as mulheres a sair desse inferno. O que as mulheres querem é um trabalho para ter um emprego e independência financeira”.
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Questionada sobre o que mudaria na educação e sobre a escola em tempo integral, Simone Tebet ressaltou a necessidade de uma parceria entre Governo Federal e municípios. Ela destacou que é preciso ter vagas nas creches para que as mães possam trabalhar. Além disso, ressaltou que quer igualar a qualidade de ensino no país.
“Não vou sossegar enquanto a escola do filho do pobre não tive a mesma qualidade de ensino da escola do filho do rico”, afirmou.
A candidata à presidência também ressaltou a importância do ensino integral para alunos de ensino médio com oferecimento de ensino técnico. Tebet voltou a pontuar a proposta de pagar R$ 5 mil para o aluno que se formar no Ensino Médio. “Daqui cinco, seis anos, ele não vai passar pela humilhação que seus pais passam de não ter um emprego.”
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O jornalista Marcelo Godoy, do Estadão, questionou Ciro Gomes sobre o papel do presidente nos acontecimentos do Palácio do Planalto e dos ministérios.
“É como no quartel. Tem que ser responsável por tudo que acontece no governo”, respondeu Ciro. Porém, ele ressaltou que o presidente não é onisciente e, por isso, não pode saber de tudo.
“A questão aqui é qual é a atitude que o presidente toma diante da notícia [de traição]”, completou Ciro.
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No comentário, Ciro Gomes reclamou da falta de oportunidade no debate para falar de suas propostas. Em relação à resposta de Bolsonaro, Ciro afirmou que o presidente gosta da polarização.
“Quem criou essa historia do nos contar eles foi o PT. E o Bolsonaro gosta”.
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Bolsonaro lembrou que, em São Paulo, um homem com a tatuagem de Lula no braço matou a esposa e o filho. Na sequência, disse que as mortes no Brasil em sua gestão caíram “quase 40%”.
“Se as pessoas brigam em meu nome, eu lamento muito, e sua pergunta foge do jornalismo minimamente responsável. Eu defendo as mulheres, de fato, e não da boca para fora”, concluiu o candidato do PL.
Bolsonaro tem mais um direito de resposta concedido e diz que seu governo colocou “machões na cadeia”: “Meu governo foi o que mais colocou ‘machões’ na cadeia, porque defendemos mulheres da violência”.
Em seguida, o candidato à reeleição emendou no assunto economia: “Nossa economia vai bem e nossa preocupação com pobres é aumentando o número de emprego ao longo dos últimos meses”.
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- Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – não compareceu.
- Jair Bolsonaro (PL) – está presente.
- Ciro Gomes (PDT) – está presente.
- Simone Tebet (MDB) – confirmou presença.
- Soraya Thronicke (União Brasil) – confirmou presença.
- Felipe D’Avila (Novo) – confirmou presença.
- Padre Kelmon (PTB) – confirmou presença.
Fonte: Metrópoles
