A partir desta segunda-feira (6) mais de 1 milhão de estudantes da rede pública de ensino do Paraná começaram a ter aulas pela internet (via canal no YouTube) e pela RICTV Record Paraná.
A Seed (Secretaria Estadual da Educação e do Esporte) também irá disponibilizar em breve aos estudantes que os conteúdos possam ser vistos por meio de um aplicativo, que terá o nome de “Aula Paraná”.
Quando o aplicativo estiver disponibilizado, será possível que os estudantes acessem os conteúdos por meio de seu CGM (Cadastro Geral da Matrícula) e inserir no campo “senha” a sua data de nascimento.
Ainda segundo a Seed, a utilização do aplicativo não irá consumir dados móveis dos estudantes e está negociando com as operadoras de telefonia celular que o acesso ao material seja possível mesmo em aparelhos sem planos de internet móvel.
Por enquanto não há um prazo para que as aulas retornem para seu formato presencial e durante esse período os conteúdos irão chegar aos estudantes dessa forma.
COMO ACOMPANHAR AS AULAS NO YOUTUBE E NA RICTV?
As aulas em ambas as plataformas são sincronizadas e transmitidas nos mesmos horários durante a semana escolar (segunda à sexta). Confira abaixo os horários e os links de acesso para cada um dos períodos letivos:
6º e 7° ano do Ensino Fundamental – a partir das 13h;
8º e 9° ano do Ensino Fundamental e 1º ano do Ensino Médio – a partir das 8h15;
2º ano do Ensino Médio – a partir das 12h20;
3º ano do Ensino Médio – a partir das 16h25.
Já as transmissões pela RICTV Record Paraná serão divididas pela seguinte forma:
6º e 7° ano do Ensino Fundamental – canal digital ponto 2;
8º e 9° ano do Ensino Fundamental – canal digital ponto 3;
Ensino Médio – canal digital ponto 4.
Todo o cronograma de aulas está disponível neste endereço e a presença dos estudantes será medida por meio da entrega das atividades, que será feita de forma online. Há a opção para que os alunos possam entregar esses exercícios de forma física nas escolas no mesmo dia da entrega das merendas ou até 7 dias depois do retorno das aulas presenciais.
Para os alunos que estudam no período noturno, a Seed estuda disponibilizar as aulas pelo YouTube no horário dessas aulas. Dessa forma, esses estudantes podem assistir a reprise desses conteúdos para realizar as atividades.
Com essas medidas a Seed tem a ideia de manter o número de aulas previsto no calendário escolar divulgado no início deste ano.
SINDICATO ENTROU NA JUSTIÇA CONTRA AS AULAS VIRTUAIS
A APP-Sindicato se posiciona de forma contrária as aulas virtuais para os estudantes de rede pública do Paraná. Inclusive o órgão buscou junto ao MPPR (Ministério Público do Paraná) e o MPT-PR (Ministério Público do Trabalho do Paraná) para impedir a medida.
““Estamos cobrando deputados(as) e também a comissão da educação da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). Não podemos aceitar que esta forma autoritária de agir seja aplicada no Paraná. A Seed não debateu o projeto com a APP-Sindicato, com pais e a comunidade escolar e desrespeitou a deliberação do Conselho Estadual de Educação”, explicou Hermes Leão, presidente da APP-Sindicato.
Confira abaixo a íntegra do posicionamento da APP-Sindicato:
ATENÇÃO Mães, Pais e/ou Responsável
Nossos alunos e alunas correm risco!
Diante da total desorganização e de desconhecimento do Empresário/Secretário de Educação do Paraná, nossos filhos e filhas estão em risco.
O “chat” de interação está o verdadeiro descontrole de palavras e ações.
Tem desde palavrões até orientação coletiva de suicídio. Temos um alto nível de depressão e infelizmente de suicídios entre jovens.
Os(as) professores(as) sabem como lidar com uma situação dessas em sala de aula. Sabem mediar e fazer o debate.
Mas, nesse momento os(as) professores(as) estão impedidos de realizar o trabalho, pois foram colocados em licença compulsória.
Sequer foram ouvidos para buscar alternativas.
Para o Empresário/Secretário só importa a tecnologia pela tecnologia, sem qualquer adequação e mediação pedagógica.
Mães, pais e/ou responsável: não coloque seu filho em risco. Vamos denunciar a forma como o Governo do Estado está tratando a Educação Pública.
Os(a) professores(as) querem contribuir, mas foram e estão impedidos.
Se o governo conversasse teríamos mostrado as saídas pedagógicas que poderiam ser utilizadas.
Queremos participar é nosso direito!
Não à Educação à Distância! Não à desorientação generalizada e sem o(a) professor(a).
As vidas importam mais!
Vamos lutar juntos!