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Brasil

Começa o Paulistão: veja dez coisas para ficar de olho no campeonato

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Safismi

O Paulistão chegou. Começa nesta quarta-feira a edição de 2020 do campeonato que deixa a rivalidade paulista à flor da pele. E atrações não faltam: de rostos novos a velhos conhecidos, de antigas forças a novos ricos, é hora de ver quem manda em São Paulo. E o GloboEsporte.com lista abaixo dez coisas para se ficar de olho no campeonato.

1) O tetra sem Carille

Tão elogiado em um passado recente, e também tão criticado na última temporada, Fábio Carille comandou o Corinthians no tricampeonato paulista de 2017-18-19. E agora, sem ele, o Timão busca um inédito tetra sequencial – algo que clube algum conquistou na era profissional do Paulistão.

A missão cabe a Tiago Nunes, um dos treinadores mais promissores do mercado brasileiro. E é um novo Corinthians que ele tem em mãos: com mais de 20 jogadores dispensados, entre eles alguns símbolos da história recente corintiana – casos de Ralf e Jadson.

Uma das grandes questões no Paulistão é ver como jogará esta nova versão do Corinthians. E se Tiago Nunes conseguirá fazer o time engrenar já durante o estadual.

2) Ao ataque!

Há bons motivos para confiar que os quatro maiores clubes paulistas apresentarão um futebol ofensivo em 2020, a começar pelo Paulistão. Em Corinthians e Palmeiras, criticados pelo futebol pouco vistoso do ano passado, os novos treinadores já chegaram avisando que querem times capazes de mostrar bom futebol.

As promessas de Tiago Nunes e Vanderlei Luxemburgo se somam à expectativa em torno de Fernando Diniz, técnico do São Paulo. Famoso pelo apreço à posse de bola, o treinador ganha a chance de começar a temporada no comando do time que assumiu ano passado, com a manutenção da base da equipe.

E Jesualdo Ferreira, no Santos, deve aproveitar a herança de bom futebol deixada por seu antecessor, Jorge Sampaoli.

3) A volta de Luxemburgo

O retorno de Vanderlei Luxemburgo ao Palmeiras é uma das principais atrações do Paulistão. Esta é a quinta passagem do treinador pelo clube. E elas já renderam quatro títulos estaduais: em 1993, 1994, 1998 e 2008.

O título de 2008, por sinal, foi o último Paulistão conquistado pelo Palmeiras. Desde então, o Corinthians foi campeão cinco vezes, o Santos venceu outros cinco campeonatos, e o Ituano levantou a taça em 2014.

Antes de recomeçar sua história no Campeonato Paulista, Luxa já teve um bom impulso: conquistou o Torneio da Flórida, nos Estados Unidos.

4) Feliz ano novo para os astros do São Paulo

A temporada passada foi atropelada para Pablo, Hernanes e Alexandre Pato, os três principais reforços do São Paulo – três jogadores nos quais a torcida apostava para quebrar a seca de títulos.

Entre lesões, mau futebol e falta de sequência, o trio não conseguiu evitar que o São Paulo tivesse a pior média de gols de sua história.

Agora, os três começam a temporada do zero, prontos para viver nova realidade. Pelos treinos de Fernando Diniz, Hernanes e Pablo devem ser titulares nos primeiros jogos, com Alexandre Pato como alternativa no banco.

5) Luan em casa

Os dois últimos anos não foram os melhores para Luan no Grêmio. Depois de virar a referência técnica do time campeão da Copa do Brasil (2016) e da Libertadores (2017), e de ser eleito o melhor jogador do continente, Luan teve queda de rendimento e foi parar no banco do clube gaúcho.

E aí decidiu ir para casa. Corintiano de infância, o meia-atacante aproveitou a chance de defender o clube do coração. E já deu sinais de que pode reviver seus anos de glória. Na estreia, marcou dois bonitos gols no Torneio da Flórida.

6) Na onda de Jesus

O sucesso de Jorge Jesus no Flamengo e de Jorge Sampaoli no Santos fez com que se abrisse mais espaço a treinadores estrangeiros no futebol brasileiro. E convenceu o próprio Santos a manter a aposta em técnicos de fora do Brasil.

A nova expectativa do Peixe é com um conterrâneo de Jesus. Jesualdo Ferreira carregará a pressão dupla de precisar manter o patamar de Sampaoli e ser comparado a Jesus – a quem, aliás, costumava vencer na Europa.

Os primeiros dias de Jesualdo Ferreira no Santos foram de uma reclusão impressionante. Nenhum treino tático foi aberto à imprensa, e a escalação é um mistério.

7) O novo rico

Impulsionado pela parceria com uma empresa internacional de energéticos, o Bragantino investiu forte e é o maior candidato a desbancar a supremacia dos quatro maiores clubes de São Paulo. Campeão da Série B do Brasileirão no ano passado, o clube lida com uma onda de curiosidade sobre sua efetiva força em 2020.

Entre as contratações, destaque para o atacante Artur, que pertencia ao Palmeiras e havia se destacado pelo Ceará, e por outros dois jogadores de frente: Alerrando, ex-Atlético-MG, e Thonny Anderson, ex-Grêmio.

Por outro lado, o clube perdeu o técnico Antônio Carlos Zago, que foi para o Japão, e se preocupou com derrotas sofridas na pré-temporada.

8) Professor Elano contra os grandes

Elano treina a Inter de Limeira desde a metade do ano passado. E agora terá sua maior missão: tentar fazer a equipe do interior medir forças contra os principais clubes do estado.

O ex-jogador treinou interinamente o Santos nas últimas sete rodadas do Brasileirão de 2017, mas não ficou para a temporada seguinte. Saiu magoado.

Como atleta, ele conquistou o Paulistão quatro vezes: 2011, 2012, 2015 e 2016.

9) Os rostos conhecidos no interior

Pelos times do interior, circulam jogadores que estão na memória afetiva dos torcedores. E eles são uma atração à parte no Paulistão.

O atacante Thiago Ribeiro, de 33 anos, com passagens por clubes como São Paulo, Cruzeiro e Santos, é reforço no Novorizontino. Mazinho, o “Messi Black”, ex-Palmeiras, está no Oeste.

No Mirassol, destaque para o meia Camilo, ex-Botafogo e Inter, que jogou o último Brasileirão pela Chapecoense.

No Água Santa, o nome que chama a atenção é Fabrício, que jogou como lateral-esquerdo por Inter, Cruzeiro, Palmeiras e Vasco e agora deve atuar no meio. E a Ponte tem Apodi, o ponteiro arisco que jogou por uma série de clubes do Brasil.

10) Choque de gerações

O futebol brasileiro viveu diferentes modismos com treinadores nos últimos anos. Se a onda do momento são os estrangeiros, em um passado recentes já foram os novatos, e depois o retorno dos veteranos. No Paulistão de 2020, há uma mistura, uma espécie de choque de gerações.

O Corinthians tem Tiago Nunes, em sua segunda experiência em um clube da Série A, depois do sucesso alcançado no Athletico. Aos 39 anos, ele contrasta com a experiência de Vanderlei Luxemburgo, quase três décadas mais velho (tem 67).

No São Paulo, a aposta é em Fernando Diniz, 45 anos, em seu terceiro clube de Série A – depois de Athletico e Fluminense. Ele também teria idade para ser filho de Jesualdo Ferreira (73), o comandante do Santos.

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