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Chefe da “Carne Fraca” fecha delação e atinge deputados do PMDB/PR

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Safismi

O ex-superintendente do Ministério da Agricultura no Paraná, Daniel Gonçalves Filho, fechou acordo de delação premiada com a Procuradoria Geral da República (PGR), se comprometendo a esclarecer detalhes sobre o esquema de cobrança de propina e fraude na fiscalização de frigoríficos, investigada pela operação “Carne Fraca”. Apontado como chefe do esquema, ele deve implicar políticos na delação, entre eles os deputados federais do PMDB do Paraná Osmar Serraglio e Sérgio Souza.

Serraglio foi flagrado em conversa telefônica gravada com o ex-superintendente pela Polícia Federal, Serraglio aparece chamando-o de “grande chefe”. Além disso, ele, Souza e outros dois parlamentares do PMDB paranaense – João Arruda Sobrinho e Hermes “Frangão” intervieram perante o Ministério da Agricultura para que Gonçalves fosse mantido no cargo apesar de suspeitas de corrupção e teriam recebido recursos do esquema, segundo o delator. Os quatro deputados negam participação no caso.

Em abril de 2015, os quatro encaminharam documento à então ministra da Agricultura, Kátia Abreu (PMDB/TO) para que ele fosse nomeaço. Gonçalves foi apontado pelo juiz federal Marcos Josegrei da Silva, como líder do esquema, que cobrava propina de frigoríficos e empresas do setor. O esquema envolveria ainda o ex-deputado Moacir Micheletto (PMDB), morto num acidente de carro em 2012.

Em nota divulgada hoje, Serraglio voltou a negar envolvimento com o caso. “Desafio a que alguém indique qualquer caso de qualquer produto de frigorífico em que eu tenha interferido”. Segundo o peemedebista “a grande comprometida na ‘Carne Fraca’ é a JBS”

Serraglio alega ainda que em 26 de setembro de 2014 pediu à Procuradoria Geral da República, abertura de inquérito para investigar a JBS por seu uso indevido de recursos do BNDES e do Banco do Brasil em negócio com um frigorífico do Paraná. “Desde aquela época tenho sido objeto de perseguição política por aquele grupo, sobremodo pelo industrial estelionatário de Maringá, Sr. Reinaldo Gomes de Moraes, unido à JBS naquele grande golpe contra os recursos públicos”, afirma.

 

Bem Paraná
Foto: Franklin de Freitas

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