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Bandeira verde segue no primeiro trimestre, afirma Ministro de Minas e Energia

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Safismi

O volume de chuvas acima da média desde o fim do ano passado deve fazer com que as tarifas de energia elétrica não subam para o consumidor brasileiro, pelo menos até o primeiro trimestre de 2018. A afirmação foi dada pelo do ministro de Minas e Energia, Fernando Bezerra Filho, nesta terça-feira (16), durante visita à usina hidrelétrica de Itaipu, em Foz do Iguaçu (PR).

Segundo o ministro, as precipitações têm permitido a recuperação dos reservatórios das principais usinas hidrelétricas, o que fez a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) sinalizar que o regime de bandeiras tarifárias permanecerá verde (sem custo adicional) nos três primeiros meses do ano. As tarifas ficam mais caras (bandeiras amarela ou vermelha 1 e 2) quando falta chuva e as usinas térmicas são acionadas para atender a demanda.

“O sistema [elétrico nacional] é interligado e a gente veio de cinco ou seis anos de chuvas abaixo da média nos maiores reservatórios. Mas os resultados de novembro, dezembro e dos primeiros dias de janeiro [de 2018] têm sido muito animadores”, avaliou.

O ministro também destacou o “papel fundamental de Itaipu para que a gente tenha uma matriz mais barata para o setor elétrico”. “O que eu tenho dito desde o ano passado é que nós não temos risco de abastecimento e reafirmo isso hoje”, completou.

Acordo de cooperação

Coelho Filho esteve na Itaipu para uma série de compromissos, entre eles, a inauguração oficial do Centro de Inovação em Mobilidade Elétrica (CI-MES) e a assinatura de um acordo de cooperação, entre Itaipu e Ministério do Meio Ambiente, para a implantação do Programa de Mobilidade Sustentável nos Ministérios.

O programa é uma das estratégias do País para atender ao compromisso assumido na 21ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (COP-21), em Paris, de reduzir as emissões em 37%, para até 2025, e de 43% até 2030.

O programa será coordenado pelo MME e terá suporte técnico de Itaipu. Pelo menos dez veículos elétricos da binacional serão cedidos para uso nos ministérios. Hoje, apenas o MME conta com um modelo elétrico de Itaipu. “O meu carro oficial em Brasília é um veículo elétrico de Itaipu”, enfatizou o ministro.

Pela manhã, Coelho Filho também participou de uma visita técnica à Itaipu (a primeira desde que assumiu o cargo) e conheceu a Unidade de Demonstração de Biogás e Biometano, administrada pelo Centro Internacional de Energias Renováveis – Biogás (CIBiogás).

Acompanhado do diretor-geral brasileiro de Itaipu, Luiz Fernando Leone Vianna, o ministro também fez um sobrevoo à faixa de proteção ao Lago de Itaipu e conheceu alguns dos projetos socioambientais desenvolvidos pela binacional na região Oeste do Estado.

O ministro ainda assistiu a uma apresentação sobre o projeto Green Silicon (Silício Verde), parceria de Itaipu, Parque Tecnológico Itaipu (PTI) e Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep). O objetivo é viabilizar a instalação de uma cadeia de produção de painéis fotovoltaicos na região de fronteira (Brasil e Paraguai), aproveitando a disponibilidade de energia e matéria-prima.

“Nós já temos boa parte da nossa matriz com fontes renováveis e devemos continuar assim. Vamos fazer o crescimento da nossa matriz lastreado nas energias renováveis”, afirmou o ministro.

Melhor quinzena

O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, cumpriu sua primeira agenda oficial na usina de Itaipu justamente quando a binacional passa por um de seus melhores momentos operacionais. A usina acaba de registrar a melhor quinzena de todos os tempos para um começo de ano, com produção de mais de 4,7 milhões de megawatts-hora (MWh).

Embalada pelo melhor mês já registrado em sua história, dezembro de 2017, a binacional poderá bater recorde mensal também em janeiro. A diferença em relação ao ano passado, neste mesmo período, é de 9%. E é ainda maior – quase 22% – na comparação com a primeira quinzena de 2016, ano em que Itaipu superou pela primeira vez a barreira dos 100 milhões de MWh. Foram 103,1 milhões de MWh, uma nova marca mundial de geração de energia limpa e renovável.

O novo recorde quinzenal é resultado de três fatores principais: boas condições hidrológicas, alta demanda por eletricidade no Brasil e Paraguai e disponibilidade de equipamentos de geração e transmissão.

Segundo o diretor técnico executivo da Itaipu, Mauro Corbellini, graças ao profissionalismo da equipe, Itaipu tem acumulado recordes – e tudo indica, pelos números parciais de janeiro, que uma nova marca histórica está a caminho. Para o ministro de Minas e Energia, a importância de Itaipu para suprir o setor elétrico tem sido fundamental. “Itaipu é um case de sucesso binacional que a gente quer ver se repetir em outros países”.

Investimentos

O plano de atualização tecnológica das 20 unidades geradoras, com investimentos previstos de US$ 500 milhões em dez anos, é uma das maiores preocupações do diretor técnico executivo de Itaipu, que assumiu o cargo há uma semana. “Será como consertar um avião em pleno voo, porque Itaipu não pode parar”, comparou.

Corbellini disse que pretende estabelecer um cronograma de trabalho das atualizações, com os principais números, projetos e definições, que será apresentado à diretoria e ao Conselho de Administração.

Fonte: Assessoria

Uniguaçu