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Agricultura

Baixa demanda do setor de carnes afeta mercado do milho

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Safismi

De acordo com o analista da T&F Consultoria Agroeconômica, Luiz Fernando Pacheco, a forte redução da demanda do setor de carnes é o “pano de fundo” para uma estagnação do mercado do milho, com compradores indiferentes e vendedores sem pressa. Segundo ele, essa baixa é sentida também pelas indústrias que fornecem farelo de soja e pelos moinhos, que fornecem farelo de trigo.

“A época deveria ser de forte demanda, em virtude da temporada de seca que tradicionalmente assola o Centro-Oeste brasileiro, mas, o que assistimos é o contrário, um mercado apático, praticamente sem vida, lutando para sobreviver em todos os elos de sua cadeia. O elo mais ativo, nas últimas semanas é o da exportação”, comenta.

Ele completa que, mesmo assim, os preços continuam subindo lentamente: “Porque quem precisa comprar paga mais caro, porque os vendedores, apostando na alta, só vendem a preços mais elevados, porque ‘não precisam vender’, capitalizados que estão com as boas vendas da soja”.

É o que constatam os Indicadores Cepea do milho: alta de 0,65% no dia e de 1,78% no mês de agosto na B3 e de 0,76% no dia e de 3,18% no mês nos preços médios de Campinas.

Para o analista da XP Agro, em Campinas (SP), a semana se inicia com muita especulação. A baixa disponibilidade de milho diferido é o principal fator altista, embora, na maioria das vezes, compradores nem demonstrem interesse em adquirir lotes.

De modo geral, as colheitas no Sudeste caminham com atraso e a indefinição da tabela de frete impede uma oferta maior de tributado (origem do MS, MT e GO) em São Paulo. A média captada pela XP Investimentos está em R$ 40,00/sc, aumento de R$ 0,16/sc no dia.

Em Santos e Paranaguá, as tradings indicam R$ 40,00-41,00/sc para agosto e setembro e, desta maneira, os preços de mercado físico igualam a paridade de porto. Para Ago/18, a soma dos lineup’s de todos os portos indica 6,39 MT para a soja (-0,03/MT no dia) e 2,98 (+0,08/MT no dia) para o milho.

Sazonalmente, os volumes entre soja e milho se invertem a partir de agora, todavia, as indicações pequenas de milho indicam que a inversão deverá atrasar. Na mesma época de 2017, inclusive, os lineup’s de milho (5,50 MT) eram 85% maiores que os atuais.

Fonte: Agrolink

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