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Brasil

Atlético-MG mantém austeridade para 2020, mas precisa de bom futebol e R$ 100 milhões em vendas para cumprir orçamento

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em

Safismi

No último ano de seu primeiro mandato à frente do Atlético-MG, o presidente Sérgio Sette Câmara dificilmente abandonará premissas de sua administração, como austeridade e conservadorismo, em troca da busca por títulos para tentar a reeleição. Pelo menos esta é a história que o orçamento conta ao torcedor sobre a temporada de 2020.

A seguir, o blog compara o orçamento de 2020 com o de 2019. Ambos contêm projeções do departamento financeiro atleticano para as respectivas temporadas, em vez de números realizados.

A melhor comparação deveria partir dos números concretos de 2019, mesmo que parciais, para que tivéssemos noção da dificuldade que o clube terá em 2020, mas o Atlético-MG não divulga nenhum balancete com valores realizados no decorrer do ano. Nem mesmo os orçamentos são publicados para a torcida. O blog obteve cópias com fontes. Por falta de transparência, a comparação ideal não é possível.

Chegou a hora de gastar?

A resposta pode incomodar o torcedor que está de saco cheio de ouvir falar em austeridade, mas, não, a diretoria de Sette Câmara não está disposta a abdicar desse princípio em 2020.

O orçamento foi feito sob medida para terminar a temporada com um lucro (superavit) simbólico, de R$ 2 milhões. Assim como o de 2019 tinha sido produzido com a expectativa de apenas R$ 3 milhões no azul – projeção que poderá ser comprovada quando o balanço anual for publicado, em abril deste ano, com os números finais e auditados.

A folha salarial do futebol profissional – um dos itens mais importantes para o torcedor, porque reflete de certo modo a qualidade do elenco – foi projetada em R$ 120 milhões para 2020. Praticamente não houve mudança relevante em relação aos R$ 123 milhões que tinham sido orçados em 2019. A mentalidade austera persiste.

Grosseiramente, a folha atleticana representa menos da metade da que o Flamengo projeta para a temporada. Se a expectativa for competir com flamenguistas por títulos, isso indica que o clube mineiro precisará ser muito eficiente para compensar a disparidade para os rivais.

Por enquanto, não é possível dizer se a austeridade de Sette Câmara dá resultados financeiros. Indicadores como o endividamento serão conhecidos apenas com a divulgação do balanço anual. No orçamento, constam apenas projeções de receitas, despesas e fluxo de caixa.

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Uniguaçu