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Assistência Social e Judiciário firmam parceria com a Unila

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Safismi

Em solenidade realizada hoje de manhã nas dependências do Fórum local, foi assinado um Acordo de Cooperação Técnica-Científica entre a Unila e a Secretaria de Bem Estar Social de São Miguel do Iguaçu. “Esse acordo de Cooperação Técnica-Cientifica, visa promover uma parceria de assessoria e orientação com a Casa Lar de São Miguel visando os procedimentos e práticas consideradas de autonomia e autodeterminação dos povos indígenas”, explica a Coordenadora da Casa Lar, Sidney Cardoso.

Para o Dr. Ferdinando Scremin Neto, Juiz da Comarca e responsável pela Vara da Infância, esse acordo é de fundamental importância. “Nos casos de violência ou de abuso que chegam até nós, é importante que eles venham acompanhados do maior número de detalhes culturais, de todos os elementos que envolvem a realidade desta Criança ou desse Adolescente para que possamos tomar uma decisão com todo o cuidado e o respeito que essa família merece”, ressalta.

AUDIO – Professora Senilde Alcantara Guanaes explica o trabalho do antropólogo em ações relacionados a crianças e adolescentes indígenas.

Importante frisar que o presente Acorde de Cooperação, não contempla a transferência de recursos financeiros entre os participes e não possui natureza contratual. Segundo a Professora Senilde Alcantara Guanaes, responsável pelo Curso de Antropologia – Diversidade Cultural Latino-Americana da Unila – “o interesse que justifica esse acordo é fortalecer o processo de ensino aprendizagem, pesquisa e extensão de estudantes de graduação, pós-graduação, técnicos e professores da Unila, bem como do quadro técnico da Prefeitura local”.

Ainda sobre o acordo, lembra Senilde, que existem poucos antropólogos na região e como professores da Universidade Federal, eles têm dedicação exclusiva. “Esse acordo de cooperação técnica vem facilitar os tramites quando o juiz solicita um trabalho de perícia antropológica sem muita burocracia”.

Lembra ainda, que perícias dessa natureza visam fazer um levantamento completo de como essa criança vivia na aldeia e assim ajudar o Juiz para que possa dar o melhor encaminhamento, de preferência dentro da cultura em primeiro lugar. “Ou seja, de preferência que ela não seja afastada do meio cultural dela – e ao mesmo tempo protege-la das ameaças, das violências que ela sofre”, pontifica.

 

Com informações do Jornal O Farol.

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