A possibilidade de abertura da Ponte da Amizade é uma questão que vem sendo analisada, admitiu o médico Guillermo Sequera, diretor de Vigilância em Saúde de Ciudad del Este, durante visita à secretaria de Alto Paraná, no Paraguai. Ele argumentou que há uma série de fatores, além da saúde, que devem ser levados em consideração, inclusive principalmente econômicos.
O funcionário disse que está analisando a situação, e que de fato, em algum momento isso tem que acontecer. “Está analisando e de fato estamos fazendo, viabilizar a reabertura da fronteira com restrições, com monitoramento, uma cota de 500 a 1.000 pessoas e aumentar gradativamente para 1.000, 1.200 pessoas”, admitiu.
Ele argumentou que é possível circular pelo centro da cidade, pela área de vendas e com o uso de máscara, havendo controle sobre isso. “Acho que podemos começar a pensar nas próximas semanas”, disse, insistindo que muito dependerá da população de Ciudad del Este, no sentido de observar o cumprimento do protocolo de saúde.
“Tem que haver um compromisso dos cidadãos de usar a máscara, de não aglomerar, acho que é fundamental. Temos muitos casos, vai continuar aumentando, mas não tanto”, insistiu o profissional.
Para o médico, a responsabilidade de conviver com o vírus deve ser assumida, lutando para que haja o menor número de vítimas possível. Ele insistiu que a terapia intensiva é o último elo na luta.
Protocolo
De acordo com o projeto que o Governo do Alto Paraná vem trabalhando, a ideia é estabelecer um intervalo no dia em que se pode entrar e sair do país, a sugestão é das 05h às 18h . Implantação de Posto de Controle Sanitário na cabeceira da Ponte da Amizade, que será formado por pessoal médico e militar para controlar a entrada e saída de pessoas.
O exame inclui fazer um teste de temperatura e olfativo. Cada pessoa terá um passe que deverá ser apresentado no Posto de Controle Sanitário, os dados deverão ser corroborados, e a saída será cadastrada no sistema.
A ideia é ter uma plataforma digital, onde serão armazenados todos os dados das pessoas que entram no país, incluindo foto e telefone.
A proposta fala também da criação de um perímetro de livre circulação, que englobaria as avenidas Rivas Ortellado, Alejo García, Bernardino Caballero, Capitán Miranda e Regimiento Molho.
Será instalada uma espécie de cordão sanitário, que será resguardado por militares, que estarão estrategicamente localizados para impedir a entrada e saída de pessoas da área de risco por meio de locais não previstos para esse fim.