Connect with us



Esporte

Análise: de volta ao “feijão com arroz”, Fluminense vence, mas continua dependente de Nenê

Publicado

em

O jejum acabou! Depois de três anos, o Fluminense enfim voltou a ganhar um clássico contra o Vasco no último domingo. Mas, apesar do placar de 2 a 0, vai ser difícil encontrar algum torcedor tricolor satisfeito com o que viu no Maracanã. É aquele famoso jargão: “Venceu, mas não convenceu”. Sem brilho, o time de Odair Hellmann fez o “feijão com arroz” e jogou para o gasto.

Depois de testar um novo posicionamento ofensivo que não deu resultado na derrota por 1 a 0 para o Figueirense no Orlando Scarpelli, pelo jogo de ida da terceira fase da Copa do Brasil, o treinador voltou ao “tradicional”. Centralizado, Evanilson não decepcionou e marcou na única chance que teve. Movimentação do “facão” e gol ao melhor estilo centroavante, de primeira.

O segundo gol saiu dos pés… ou melhor, da cabeça de Pacheco após rebote na área. O peruano entrou como ponta-direito, mas, coincidência ou não, marcou após passar para o lado esquerdo, onde se sente mais confortável. Depois de ter sido alvo de críticas pelas inversões no ataque na última partida, Odair usou os atacantes “em suas posições” e foi coroado pelo placar.

Exceto por Marcos Paulo. A joia tricolor, que já fez cinco gols em 2020, teve outra atuação apagada atuando como ponta-esquerda. O que aumenta o dilema do treinador: onde escalar o jovem, que não esconde de ninguém a preferência por jogar pelo meio, seja como armador ou centroavante?

Enquanto isso, algumas opções no banco de reservas estão pedindo passagem. Pacheco já se tornou uma espécie de 12º jogador de Odair e mais uma vez deu velocidade ao já cansado ataque na etapa final. E Caio Paulista também entrou muito bem pelo lado direito: participativo, buscando o jogo, usando o corpo… Foi ele quem chutou a bola na trave no lance do segundo gol.

“Nenêdependência”

O Fluminense criou poucas oportunidades e precisou de lampejos de Nenê, mas foi letal. Principal nome tricolor neste início de temporada, o camisa 77 não repetiu as grandes atuações, mas foi mais uma vez decisivo. Com dois tapas de categoria na bola, deixou duas vezes Evanilson na cara do gol.

Depender tanto de um jogador para criar é arriscado, ainda mais quando esse alguém não é mais um garoto. Se o meia de 38 anos está bem marcado ou joga mal, o Fluminense geralmente não produz. Foi assim tanto na eliminação da Copa Sul-Americana para o Unión La Calera, do Chile, quanto na derrota para o Figueirense na Copa do Brasil.

ge

Uniguaçu