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PF prende 20 pessoas em operação que investiga desvios na UTFPR

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Safismi

Vinte pessoas foram presas temporariamente na Operação 14 Bis, da Polícia Federal, que investiga o desvio de R$ 5,7 milhões da UTFPR de Cornélio Procópio, no norte do Paraná.

Entre os presos estão o ex-diretor geral, Devanil Antônio Francisco, e de administração e planejamento da instituição, Sandro Rogério de Almeida, além dos empresários envolvidos na denúncia. De acordo com a instituição, os acusados foram exonerados do cargo ou receberam advertência. Eles teriam aceitado receber documentos falsos e facilitado o desvio de dinheiro.

As prisões tem validade de cinco dias e podem ser prorrogadas. “Nós precisávamos ouvir as pessoas que foram utilizadas como laranja dessas empresas de faxada”, afirmou o delegado da PF Nilson Antunes da Silva.

Também foram cumpridos 26 mandados de busca e apreensão. “Um deles dentro da própria universidade, outro no escritório de contabilidade acusado de fraudar documentos e o restante nas residências dos empresários e dos laranjas envolvidos no esquema”, disse Silva.

Entre os itens apreendidos estão veículos de luxo, três lanchas, jóias e R$ 27 mil dólares.

Investigações tiveram início no final de 2015 e início de 2016. A suspeita “Durante as investigações constatou-se que não eram só as empresas que constavam nessa denúncia que estavam envolvidas. São dois núcleos, dentro da universidade cerca de três ou quatro empresas. O outro núcleo que investigamos a partir de uma empresa, de dois empresários de Cornélio Procópio, acabamos descobrindo outras e outras empresas de faxada criadas exclusivamente para participar de licitações. Essas empresas tinham contrato de prestação de serviços de limpeza não só com a UTFPR, mas com vários outros órgãos públicos do país.”

Os presos serão conduzidos à Delegacia de Polícia Federal em Londrina onde permanecerão à disposição da Justiça.

Os suspeitos poderão responder pelos crimes de associação criminosa, falsidade ideológica, peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, crimes contra o processo licitatório, sem prejuízo de outras implicações penais a serem constatadas,

Investigações

As investigações apontaram a ocorrência de irregularidades graves em contratos celebrados entre a UTFPR-CP e empresas que prestaram serviços de manutenção predial, manutenção de ar-condicionado, manutenção de veículos, fornecimento de materiais de construção e serviços de reprografia.

Entre as irregularidades estão a suspeita de obtenção de informação privilegiada, formação de grupo econômico, uso de documento potencialmente falso ou insuficiente para atesto de capacidade técnica, pagamentos superiores aos valores contratados, superfaturamento, sobrepreço, frustração de concorrência, suspeita de pagamento de materiais não recebidos ou desviados, entre outros.

De acordo com a polícia, a UTFPR recebeu denúncia relativa aos fatos apurados na operação e imediatamente adotou medidas em âmbito administrativo, como, por exemplo, a realização de auditorias conduzidas por sua unidade de Auditoria Interna, além da demissão, mediante Processos Administrativos Disciplinares, de 02 (dois) servidores envolvidos nas fraudes.

 

Fonte: Portal Paraná

Uniguaçu