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Micose de unha

Publicado

em

Safismi

As nossas unhas são placas córneas de células mortas, compactas, resistentes e translúcidas, constituídas especialmente por queratina (ou ceratina), proteína que ajuda a formar diversas estruturas do corpo. Só para dar um exemplo, a queratina que entra na composição das unhas – a queratina dura – é um subtipo diferente da encontrada nas camadas superficiais da pele e nos cabelos.

A principal função das unhas é proteger as extremidades dos dedos das mãos e dos pés. Elas são importantes também para compor certos movimentos de apreensão de objetos miúdos e aumentar a sensibilidade da polpa digital. Como já dissemos, unhas são placas de células mortas. Mesmo assim, podem dar sinais do estado geral do organismo. Alterações na cor, formato, espessura e em seu ritmo de crescimento podem estar associadas a doenças sistêmicas da tireoide, diabetes, psoríase e deficiências nutricionais. Podem também indicar que serviram de porta de entrada para infecções por fungos, vírus ou bactérias.

Micose é o nome genérico que se dá aos diferentes tipos de infecções causadas por fungos, que se valem da queratina existente em nossas unhas, pele e cabelos como fonte de nutrição.  A doença pode afetar tanto as unhas das mãos quanto as dos pés. Em geral, a unha do dedo grande do pé é o ponto mais vulnerável à infecção fúngica, uma vez que o uso rotineiro de calçados fechados cria o ambiente adequado para a proliferação dos fungos, que penetram através de pequenas lesões na pele e se instalam debaixo das unhas. Pé de atleta ou frieira, é um exemplo de infecção fúngica muito comum e contagiosa que se desenvolve principalmente na pele entre os artelhos, mas que pode alcançar as laterais e a sola do pé para depois atingir as unhas, onde os fungos se alojam provocando um quadro de onico micose.

FATORES DE RISCO

São considerados fatores de risco para o desenvolvimento de micose de unhas:

  • idade –depois dos 40 anos, o risco da onicomicose aumenta, especialmente porque as unhas crescem mais devagar à medida que as pessoas envelhecem;
  • microtraumas repetitivos sobre a lâmina ungueal relacionados à pratica de esportes, pois podem provocar lesões na pele que servem de porta de entrada para os fungos;
  • sistema imunológico debilitado;
  • uso prolongado de antibióticos;
  • diabetes mellitus e suas complicações;
  • histórico familiar da doença;
  • má circulação do sangue periférico;
  • contato constante com água e sabão.

DIAGNÓSTICO

A aparência das unhas afetadas pela onicomicose é um elemento importante para definir o diagnóstico clínico da doença, mas não basta. Nesse sentido, o exame micológico direto e o de cultura são úteis para pesquisar a presença e as características do agente infectante em fragmentos obtidos pela raspagem das unhas doentes.

FONTES DE CONTÁGIO

Apesar de ser uma forma de contágio incomum, a onicomicose pode ser transmitida de uma pessoa para outra pelo contato direto. O mais frequente, porém, é a infecção ser transmitida pelo uso de objetos pessoais contaminados, como pentes, escovas de cabelos, lixas, cortadores, tesouras e alicates de unhas.

Compartilhar toalhas de banho, roupas de cama e de uso pessoal também pode facilitar a transmissão do fungo responsável pela doença. Há casos em que a própria pessoa pode passar o fungo para as unhas, quando coça o couro cabeludo ou uma área da pele já acometida pela infecção micótica.

TRATAMENTO

Diagnóstico precoce, identificação do fungo infectante e do estágio em que se encontra a lesão são elementos fundamentais para nortear o tratamento da onicomicose. Para tanto, é possível contar com medicamentos antifúngicos de uso tópico na forma de cremes, soluções (tioconazol) e esmaltes (amorolfina), ou ministrados por via oral (itraconazol, terbinafina e fluconazol).

 

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