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Brasil

Inspirado em Abu Dhabi, Doria comenta sobre privatização de Interlagos

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Safismi

O prefeito João Doria compareceu ao Autódromo de Interlagos nesta quarta-feira para apresentar à imprensa as melhorias realizadas no local para o Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1, que acontece no próximo dia 12 de novembro. Durante a conversa com os jornalistas, Doria também voltou a ressaltar a importância da privatização do circuito, que, na visão do político, pode se tornar muito mais rentável sem interferência do Estado na administração. A expectativa da prefeitura é vender o autódromo por cerca de R$ 2,5 bilhões.

Doria tem como principal modelo a ser seguido Yas Marina, o autódromo de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, tido como um dos mais modernos do mundo. O complexo conta com hotel, parque de diversões temático (Ferrari World) e espaço multiuso. Agora, a prefeitura espera entrar em acordo com potenciais investidores para, em 2018, realizar o leilão na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) – o GP Brasil de 2017 deve ser o último sob gestão da prefeitura de São Paulo.

“Nós conversamos com potenciais investidores em diversos movimentos. Nos EUA estivemos no road show no mês de maio, fizemos em Abu Dhabi, Dubai e no Catar. Fizemos também na Coreia do Sul, só para citar alguns dos movimentos, e, mais recentemente, na França, onde fizemos reunião com 72 investidores da Europa. Tivemos uma boa e positiva conversa com o [Marco] Tronchetti, presidente mundial da Pirelli. A Pirelli não tem interesse direto na aquisição, mas como ela tem investidores chineses, ele se dispôs a ajudar, acreditando na rentabilidade do projeto. Estamos convencidos de que teremos bons investidores internacionais e grupos brasileiros também participando do leilão”, disse o prefeito de São Paulo, João Doria, em entrevista coletiva concedida.

O atual contrato da Fórmula 1 com o Autódromo de Interlagos é válido até 2020. Justamente pelo vínculo relativamente curto, há a dúvida se investidores estarão interessados na compra do local mesmo sem a certeza de ele seguir recebendo uma das etapas da principal categoria do automobilismo mundial. Para Doria, a questão não gera tanta dor de cabeça à prefeitura.

“Até 2020 temos uma eternidade. Tudo indica que, com novos administradores e sendo o Brasil uma peça importante depois de 46 GPs, o que não faz sentido é não ter um GP no Brasil. Uma tradição de 46 anos ser interrompida pelos organizadores, ao meu ver, não faz nenhum sentido. O circuito mundial já incorporou Interlagos com tamanha força que é quase uma exigência das equipes, pilotos e patrocinadores, ter um GP no Brasil, ainda mais com autódromo privatizado, sem gerencia política, com uma conversa mais direta. Fortalece, na minha visão, a continuidade desse programa”, prosseguiu o prefeito, que já tem uma ideia de quando a privatização de um importante local da cidade será selada.

“O leilão será no início do ano que vem, com data a ser marcada. As manifestações de interesse poderão ocorrer até o final do ano, assim como no início do ano que vem. Feito isso, a modelagem será finalizada e aí sim agendado o leilão na Bovespa. A nossa expectativa, se tudo ocorrer bem, é de que até março ou abril provavelmente o leilão esteja realizado”, concluiu Doria.

Gazeta Esportiva

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