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Coligação aprova pedido de Cida para afastamento de Beto

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Safismi

A coligação “Paraná Decide” aprovou por maioria dos votos, nesta segunda-feira (17), o pedido da governadora do Paraná e candidata à reeleição Cida Borghetti (PP) para a retirada da candidatura de Beto Richa (PSDB) ao Senado. Durante a manhã, Cida pediu o afastamento do tucano da chapa. Na semana passada, o ex-governador foi preso no âmbito da Operação Radiopatrulha.

Por meio de nota, a coligação informou que a “determinação foi repassada ao departamento jurídico para que formalize o pedido ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE)”.

A coordenadora jurídica da campanha de Cida Borghetti, Carla Karpstein reconhece que não há um instrumento judicial específico para o caso, que é uma novidade na Justiça Eleitoral, mas que a decisão da coligação será levada à Justiça. “Pediremos a exclusão da candidatura dele, com base na decisão da coligação. Vamos fazer um pedido individual e o TRE vai ter que se manifestar sobre isso. É um caso único, vamos entrar com uma manifestação pela coligação pedindo essa exclusão porque a coligação entende que essa candidatura deve ser inibida porque, por conta dessas denúncias de corrupção, ele não é apto para exercer o mandato de senador”, explicou.

Em nota, a assessoria de Beto Richa disse que não há amparo legal para o afastamento do candidato. “Richa só pode ser afastado em caso de morte, desistência voluntária ou indeferimento de candidatura. Nenhuma das hipóteses é real, tanto que o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) restabeleceu nesta segunda-feira (17) a participação de Beto Richa na propaganda eleitoral gratuita”, diz o comunicado.

INVESTIGAÇÃO

Beto Richa, sua esposa, Fernanda Richa, seu irmão, José Richa Filho, e outras 12 pessoas foram presos na terça-feira (11). As prisões foram efetuadas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná (MP-PR).

A prisão foi em decorrência da Operação Rádio Patrulha, que investiga o direcionamento de licitação, para beneficiar empresários, e o pagamento de propina a agentes públicos, além de lavagem de dinheiro, no programa do governo estadual do Paraná, Patrulha do Campo, no período de 2012 a 2014. No programa, o governo locava máquinas para manter as estradas rurais.

As investigações tiveram início com base na delação de Tony Garcia e apuram o pagamento de propina e posterior direcionamento de licitação para beneficiar os empresários envolvidos. Os contratos investigados somam R$ 72,2 milhões e seriam superfaturados.

 

Paraná Portal

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