Connect with us



Notícias

Após rebelião, obras de recuperação em penitenciária de Cascavel vão custar R$ 2 milhões

Publicado

em

Safismi

O secretário de Segurança Pública do Paraná, Wagner Mesquita, disse na manhã desta quinta-feira (16) que as obras de recuperação na Penitenciária Estadual de Cascavel (PEC) vão custar R$ 2 milhões ao governo do estado.

O presídio foi alvo recente de uma rebelião que se estendeu por 43 horas e terminou com três agentes penitenciários e 28 presos feridos, além de um detento morto. Cerca de 70% da estrutura foi destruída, conforme o Departamento Penitenciário do Paraná (Depen).
A penitenciária foi recém-reformada por causa de uma rebelião em 2014 que durou 45 horas. À época, as obras custaram R$ 1,3 milhão.

O diretor do Depen, Luiz Alberto Cartaxo de Moura, disse que, desta vez, os presos destruíram o telhado e as peredes da carceragem. Segundo ele, para que os detentos possam voltar às celas, foram liberados R$ 100 mil do Fundo Penitenciário Nacional para as obras emergenciais. “Com isso, eles já retornarão para os seus devidos cubículos nos próximos dias”, garantiu.

Desde o fim da rebelião, os detentos estão abrigados em três pátios sob fiscalização de policiais militares e agentes do Serviço de Operações Especiais (SOE) do Depen.
O diretor do Depen ressaltou que as visitas de familiares permanecerão suspensas até que as reformas no local sejam concluídas.

Na sexta (10), 39 presos aproveitaram o motim e fugiram da unidade e outros seis escaparam na quarta-feira (15). Ainda de acordo com Cartaxo, desse total de fugitivos, 37 ainda não foram recapturados.

Medidas para evitar a superlotação

Durante a coletiva, o secretário Wagner Mesquita destacou uma série de medidas, que, segundo ele, já estão sendo tomadas para evitar a superlotação nas delegacias do estado.
“É um problema crônico que não só o Paraná, mas o Brasil inteiro, passa pelo problema de custódia de presos, seja em maior ou menor escala. Aqui no Paraná o problema é pontual. Nosso problema maior é a custódia de 9 mil presos por parte da Polícia Civil”, explicou Mesquita.

No entando, segundo ele, outros 30 mil presos estão sendo administrados pelo departamento penitenciário “de maneira correta”. “Não existe extrema superlotaçao em nenhuma unidade, não existe controle absoluto do crime organizado em nenhum local”, afirmou.

Entre as medidas citadas por Mesquita estão a aquisição de seis mil novas tornozeleiras eletrônicas, construção de celas modulares de concreto e obras de construção e ampliação de presídios que devem abrir centenas de vagas para novos presos.

“Isso não é uma solução definitiva para o problema dos presos, é mais uma prestação de contas de várias medidas que nós estamos tomando desde que assumimos a secretaria”, disse.

 

G1

Uniguaçu